Acorrentados
em amizades
indestrutíveis
ansiamos
a liberdade
dos inimigos.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
domingo, 26 de fevereiro de 2017
sábado, 25 de fevereiro de 2017
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017
SER
quem se desvincula da família
e na solidão repete o nome
na exaustão do irreconhecível
destaca nas frases
os gritos de fadiga
quem entre parentes
nega o sangue na lividez
do encontro: sugere a fuga
transposta na imagem
usa em cada texto
as mesmas palavras
quem em casa abre as janelas
no balcão suspenso de raivas
acobertadas pelo nome
no sangue deletério
conserva o sentido inicial
do verso de forma conclusiva
(Pedro Du Bois, inédito)
e na solidão repete o nome
na exaustão do irreconhecível
destaca nas frases
os gritos de fadiga
quem entre parentes
nega o sangue na lividez
do encontro: sugere a fuga
transposta na imagem
usa em cada texto
as mesmas palavras
quem em casa abre as janelas
no balcão suspenso de raivas
acobertadas pelo nome
no sangue deletério
conserva o sentido inicial
do verso de forma conclusiva
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
DESCANSAR
Apascentado o rebanho
cabe ao pastor
zelar pelo cão
que dorme
o trabalho
feito
momento em que o afeto
não se encerra.
(Pedro Du Bois, inédito)
cabe ao pastor
zelar pelo cão
que dorme
o trabalho
feito
momento em que o afeto
não se encerra.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
PAIXÃO
O tempo da paixão
encerrada em portas
destrancadas: na rua
pulsa o inexato
no retorno
esgarçado amor movido
em abraços não recebidos
ecoa em série inconclusiva
a lágrima suspensa: o suspense
no rosto espelha
a hora antecedente
a rua absorve na noite
os transeuntes que engole
em ritos de magia
na pardacenta paixão
irresolvível.
(Pedro Du Bois, inédito)
encerrada em portas
destrancadas: na rua
pulsa o inexato
no retorno
esgarçado amor movido
em abraços não recebidos
ecoa em série inconclusiva
a lágrima suspensa: o suspense
no rosto espelha
a hora antecedente
a rua absorve na noite
os transeuntes que engole
em ritos de magia
na pardacenta paixão
irresolvível.
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 18 de fevereiro de 2017
AVISOS
Aviso aos claudicantes: não existe o tigre
místico e suas manchas são falsas pistas
do mistério. Abro os olhos ao monstro
sob as cobertas: outro dia em que a rotina
é caminho traçado pelo minotauro
aviso aos navegantes: mares impróprios
no canto das tormentas vislumbrado
na sereia sobre a pedra atomizada
pela cristalização dos humores
aviso aos transeuntes: em noites de lua
transitam sombras em calçadas exatas
na agonia do cerco ao meio dia.
(Pedro Du Bois, inédito)
místico e suas manchas são falsas pistas
do mistério. Abro os olhos ao monstro
sob as cobertas: outro dia em que a rotina
é caminho traçado pelo minotauro
aviso aos navegantes: mares impróprios
no canto das tormentas vislumbrado
na sereia sobre a pedra atomizada
pela cristalização dos humores
aviso aos transeuntes: em noites de lua
transitam sombras em calçadas exatas
na agonia do cerco ao meio dia.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
ALÉM
longe a torre
anuncia vozes
na chegada
além a chuva
se estende na linha
do horizonte
a tudo assisto
calado
(Pedro Du Bois, inédito)
anuncia vozes
na chegada
além a chuva
se estende na linha
do horizonte
a tudo assisto
calado
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
VEZES
Na primeira vez
nervoso
na estrada
acompanhei a sua passagem
senhora
voltei para casa
trêmulo
da sua visão
na última vez
não acompanhei
a sua passagem
senhora
nem voltei para casa
morto
em sua visão.
(Pedro Du Bois, inédito)
nervoso
na estrada
acompanhei a sua passagem
senhora
voltei para casa
trêmulo
da sua visão
na última vez
não acompanhei
a sua passagem
senhora
nem voltei para casa
morto
em sua visão.
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
domingo, 12 de fevereiro de 2017
MAL
Da maldade
emergem sombrias
formas de desalento
tomam luzes
engolem cores
transformam dias
em noites
despetalam flores
derrubam pássaros
caçam animais silvestres
predadora maldade
disfarçada em sorrisos
banais.
(Pedro Du Bois, inédito)
emergem sombrias
formas de desalento
tomam luzes
engolem cores
transformam dias
em noites
despetalam flores
derrubam pássaros
caçam animais silvestres
predadora maldade
disfarçada em sorrisos
banais.
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
CIGANO
Cigano em si
reflete-se nas cartas
e risca na mão linhas
imaginárias do futuro
andarilho em linhas tortas
pede abrigo ao sedentário
de quem colhe os frutos
imagina o mundo permanente
em seu redor: sente o frio
verão das vendas escamoteadas
não tem o abrigo
e sob tendas remete
ao início: a música dança
em seus ouvidos e cartas
se abrem em jogos inconclusos
cigano em si
desatina desencontros
tardios de serenidade.
(Pedro Du Bois, inédito)
reflete-se nas cartas
e risca na mão linhas
imaginárias do futuro
andarilho em linhas tortas
pede abrigo ao sedentário
de quem colhe os frutos
imagina o mundo permanente
em seu redor: sente o frio
verão das vendas escamoteadas
não tem o abrigo
e sob tendas remete
ao início: a música dança
em seus ouvidos e cartas
se abrem em jogos inconclusos
cigano em si
desatina desencontros
tardios de serenidade.
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017
FOTOGRAFIA
Confisco a fotografia
em relembranças
desbotadas: onde
o tempo fotografado
na imensidão ampliada
da saudade.
(Pedro Du Bois, inédito)
em relembranças
desbotadas: onde
o tempo fotografado
na imensidão ampliada
da saudade.
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
RETORNAR
Apuro o passo
no retorno
minha noite finda
em relento: apressado
cruzo caminhos
reconhecidos
na aspereza
o retorno necessário
indelével
inalienável
chove sobre meu corpo exposto
o barro suja meus sapatos
a água purifica a essência
do que levo embora
retorno sobre passos
apurados
acurados
no acaso de estar ciente.
(Pedro Du Bois, inédito)
no retorno
minha noite finda
em relento: apressado
cruzo caminhos
reconhecidos
na aspereza
o retorno necessário
indelével
inalienável
chove sobre meu corpo exposto
o barro suja meus sapatos
a água purifica a essência
do que levo embora
retorno sobre passos
apurados
acurados
no acaso de estar ciente.
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 4 de fevereiro de 2017
ARMAS
Despreza a arma
arma a tarde
oferece o pouco
a arma prende a mão vazia
da exigência: arma a proteção
alegada em defesa
arma a consequência
disparada no alarme
travado no resultado
desconsiderado
a arma despojada na entrega
se oferece em pecado: dilema
consubstanciado na resposta
arma com desprezo o conteúdo
esvaziado da cidade: o resultado
aflora a flor da beira da estrada
despreza a arma sobre a terra
que a consome em oxidação.
(Pedro Du Bois, inédito)
arma a tarde
oferece o pouco
a arma prende a mão vazia
da exigência: arma a proteção
alegada em defesa
arma a consequência
disparada no alarme
travado no resultado
desconsiderado
a arma despojada na entrega
se oferece em pecado: dilema
consubstanciado na resposta
arma com desprezo o conteúdo
esvaziado da cidade: o resultado
aflora a flor da beira da estrada
despreza a arma sobre a terra
que a consome em oxidação.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
RITUAIS
Na ilusão a realidade se conforma
na escuridão ameaçada no inaudito
gesto de acobertamento: rápida a mão
que afaga o rosto enquanto esquece
as palavras. Iludido no retorno do peso
no corpo carregado fosse carga.
A irrealidade acompanha os passos
no refletir o instante onde me traduzo
no corpo desfeito: maneira cruel
de responder ao nada acontecido.
A recompensa se oferece ao tolo
iludido pela mágica: a cristalização
da cena completa a irracionalidade
do ato na desproporção anterior
ao momento. Momentaneamente
afastado escalo o ar rarefeito
da montanha e me incorporo
ao rito: ara irrespondível
no sacrifício diário.
(Pedro Du Bois, inédito)
na escuridão ameaçada no inaudito
gesto de acobertamento: rápida a mão
que afaga o rosto enquanto esquece
as palavras. Iludido no retorno do peso
no corpo carregado fosse carga.
A irrealidade acompanha os passos
no refletir o instante onde me traduzo
no corpo desfeito: maneira cruel
de responder ao nada acontecido.
A recompensa se oferece ao tolo
iludido pela mágica: a cristalização
da cena completa a irracionalidade
do ato na desproporção anterior
ao momento. Momentaneamente
afastado escalo o ar rarefeito
da montanha e me incorporo
ao rito: ara irrespondível
no sacrifício diário.
(Pedro Du Bois, inédito)