Luta perpetrada
em esperanças vãs
de desenlaces
- jovem soldado
remete o soldo
para casa -
luta entranhada
na atualidade amordaçada
em discursos
- o soldo permite retornar
ao ponto de partida -
luta desgraçada
no nome comercializado
- nome lembrado
na homenagem.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
domingo, 18 de dezembro de 2016
SONS
gonzos
gozam silêncios
acumulados
na dispersão
dos lamentos
em dias perdidos
sem passagens
gosto de me apresentar
na escalada automatizada
das respostas: reponho sinos
em badalos no despertar
da hora perdida
o passado sobreposto em futuro
augúrio se acalenta no presente
mal percebido: nada adianta
na voz os gritos conclamados
no gozo anterior o expoente
perde as razões da passagem: estar
não significa ser aparente distância
(Pedro Du Bois, inédito)
gozam silêncios
acumulados
na dispersão
dos lamentos
em dias perdidos
sem passagens
gosto de me apresentar
na escalada automatizada
das respostas: reponho sinos
em badalos no despertar
da hora perdida
o passado sobreposto em futuro
augúrio se acalenta no presente
mal percebido: nada adianta
na voz os gritos conclamados
no gozo anterior o expoente
perde as razões da passagem: estar
não significa ser aparente distância
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
ETERNOS
Nomeio o tempo
apresentado
na escala
orgânica do planeta
mero contratempo
apenas entrevisto
na espera
tempo: ciclo
ira
época
na semeadura
da conquista
(inconteste)
do nascimento
e morte
difícil compreender
o tempo fragmentado em calendários
necessários ao reconhecimento
da semente ao filho
falham atos acompanhados
de eternos desprezos.
(Pedro Du Bois, inédito)
apresentado
na escala
orgânica do planeta
mero contratempo
apenas entrevisto
na espera
tempo: ciclo
ira
época
na semeadura
da conquista
(inconteste)
do nascimento
e morte
difícil compreender
o tempo fragmentado em calendários
necessários ao reconhecimento
da semente ao filho
falham atos acompanhados
de eternos desprezos.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
Arcanos Grávidos
Iniciação ao Trabalho, 3 poemas, em:
http://arcanosgravidos.blogspot.com.br/2016/12/poemas-de-pedro-du-bois.html
http://arcanosgravidos.blogspot.com.br/2016/12/poemas-de-pedro-du-bois.html
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
FRAGOR
No entrechoque
calam palavras
no fragor da luta
barulho do aço no grito de dor
estampido na bomba explodida
ar empestado em ordens obedecidas
a vida e a morte
soletram solertes
grunhidos: bichos
atolados em sangue
vampirizam chefetes impassíveis
impessoais
na impossibilidade
de serem responsabilizados.
(Pedro Du Bois, inédito)
calam palavras
no fragor da luta
barulho do aço no grito de dor
estampido na bomba explodida
ar empestado em ordens obedecidas
a vida e a morte
soletram solertes
grunhidos: bichos
atolados em sangue
vampirizam chefetes impassíveis
impessoais
na impossibilidade
de serem responsabilizados.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
Academia Poética Brasileira
Poemas, apreciação crítica, em:
PEDRO DU BOIS
Balneário de Camboriú-SC
Balneário de Camboriú-SC
Nota do Editor:
A franqueza da escrita faz de Pedro Du Bois um poeta exuberante, desde quando li esses três trabalhos em "Arcanos Grávidos:Poemas", site interessante de Webston Moura, algo me chamou a atenção: a intimidade quase orgânica de Du Bois.
Algo que pouco leio nas entrelinhas de centenas de poesias que recebo no e-mail da APB: academiapoeticabr@gmail.com.
Eu sempre intitulo esse tipo de poesia ( e esse termo não é meu) de poesia interior com abundância de sentimentos íntimos, sem perder aquele viés característicos dos bons poetas: A terceirização da dor, do amor, da tragédia, do She e do We, levando um leitor ávido como eu a repensar: Os personagens de Pedro Du Bois estão amando ou simplesmente estão apaixonados? Aí vem a questão que dos seus versos emerge:
Poderiam esses versos com um manto quase mítico, ser uma tentativa de resgatar o 'amor romântico', relembrando o fatídico (ou quase) “Tristão e Isolda”? E se fosse? Óbvio que para um homem estudioso (ou seus personagens) e leitor assíduo pode ter sofrido influencia desse "fenômeno psicológico tão arrasador que esmagou nossa psique coletiva a ponto de alterar nossa visão do mundo?" (Da apresentação do livro WE).
Bom, na verdade esses versos ultrapassam a linha do comum:
Algo que pouco leio nas entrelinhas de centenas de poesias que recebo no e-mail da APB: academiapoeticabr@gmail.com.
Eu sempre intitulo esse tipo de poesia ( e esse termo não é meu) de poesia interior com abundância de sentimentos íntimos, sem perder aquele viés característicos dos bons poetas: A terceirização da dor, do amor, da tragédia, do She e do We, levando um leitor ávido como eu a repensar: Os personagens de Pedro Du Bois estão amando ou simplesmente estão apaixonados? Aí vem a questão que dos seus versos emerge:
Poderiam esses versos com um manto quase mítico, ser uma tentativa de resgatar o 'amor romântico', relembrando o fatídico (ou quase) “Tristão e Isolda”? E se fosse? Óbvio que para um homem estudioso (ou seus personagens) e leitor assíduo pode ter sofrido influencia desse "fenômeno psicológico tão arrasador que esmagou nossa psique coletiva a ponto de alterar nossa visão do mundo?" (Da apresentação do livro WE).
Bom, na verdade esses versos ultrapassam a linha do comum:
"(...) Alugo o corpo ao personagem
e sou incorporado ao discurso plástico
da inverdade. Sou deus e demônio
personificados nas contradições. Besta
e pomba. Homem despossuído
de razões. A aparente calmaria antecede
a tormenta e a neve desce a montanha.
(...)".
e sou incorporado ao discurso plástico
da inverdade. Sou deus e demônio
personificados nas contradições. Besta
e pomba. Homem despossuído
de razões. A aparente calmaria antecede
a tormenta e a neve desce a montanha.
(...)".
Eis uma imagem contundente. A da dualidade muito bem questionada nestes versos primeiros. Porém, é explícita a terceirização dessa dualidade - Deus e o Demônio - não o autor, mas a situação em que é envolvido. Eis a diferença tênue nesses versos. Extraordinária diferença. Isso me enviou imediatamente a um livro que li há algum tempo do mestre Osho. Chama-se "A Ascensão do Ser Humano". Essa lembrança me trouxe a essa interpretação de Pedro Du Bois, no início de seus versos: " (...) O mal existe na sua interpretação,/ E não em si mesmo (...)". Eis a delicadeza da terceirização poética do autor ao compor esses versos acima. Perfeitamente entendido em "... alugo o corpo ao personagem/ e sou incorporado ao discurso plástico/ da inverdade (...)". É sem dúvida um grande poeta quem consegue traduzir em tão poucas linhas uma terceirização completa de autor/personagem.
Na parte dois que também compõe esta análise, vejo a tática poética de Pedro Du Bois intercalar-se com um enredo cênico com personagem e autor bem definidos. Desta vez, numa terceirização decodificada.
Ah! Podem até me chamar de louco. Mas nos versos desse tomo II (digo assim), há claras evidências de que o autor passeia de forma limpa e destemida por Jacob Levy Moreno (1889-1974), o criador da concepção de que podemos definir a alma humana através da ação. E a essa ação deu o nome de Psicodrama, isto é, na minha concepção pertinente aos versos lidos, uma maneira de investigar a alma humana pela ação.
Na parte dois que também compõe esta análise, vejo a tática poética de Pedro Du Bois intercalar-se com um enredo cênico com personagem e autor bem definidos. Desta vez, numa terceirização decodificada.
Ah! Podem até me chamar de louco. Mas nos versos desse tomo II (digo assim), há claras evidências de que o autor passeia de forma limpa e destemida por Jacob Levy Moreno (1889-1974), o criador da concepção de que podemos definir a alma humana através da ação. E a essa ação deu o nome de Psicodrama, isto é, na minha concepção pertinente aos versos lidos, uma maneira de investigar a alma humana pela ação.
"(...)
A luz ilumina o palco
com palavras
apostas no papel (..)".
A luz ilumina o palco
com palavras
apostas no papel (..)".
Fica evidente a provocação poética da cena ao tentar socializar com um público aparentemente ilusório, no grande salão vermelho do teatro da vida. E quando ele escreve: "A aposta sobrevive ao instante/ da criação (...)", há uma apoteose analítica imensurável. Ora, esses versos atingem o clímax porque mexem com interpretações magníficas como as que permeias algumas teses levantadas por Freud (Justificação) e do matemático e filósofo francês Blaise Pascal, onde, ambos, mesmo sem expurgar a razoabilidade, decidiram admitir a existência de 'algo' que acaba por escapar tanto à verificação empírica quanto à dedução lógica. Eis o fenômeno embutido nesses dois versos de Du Bois.
E por fim, uma construção poética excepcional:
E por fim, uma construção poética excepcional:
"(...) . O aplauso
contém o ressentimento
da realidade. (...)".
contém o ressentimento
da realidade. (...)".
Fechando o tomo III, Du Bois nos fornece lenha para aumentar o fogo da consciência ou inconsciência coletiva. Como se a platéia humana reagisse ao mostrado no palco da própria inconsciência. E aí, cada leitor imaginaria qual peça lhe foi transferida do palco à sua consciência. Que leitura fazer ao final do espetáculo.
Contudo, há de se atentar para um fato nas entrelinhas de toda a composição poética. O palco da vida sempre impõe distância entre os protagonistas e a realidade. E isso, fatalmente, desperta fantasias e interpretações.
E quando o aplauso se enche de "ressentimentos da realidade", ecoa a inevitável fuga da realidade inerente às tentativas de amenizar nossas frustrações; diante de ilusório que agrada. Aí, volta Freud afirmando que sonhos e fantasias fazem parte do processos de avaliação de nossas angústias.
Eis a perfeição dos versos de Pedro Du Bois. Inteligentes. Instigantes. Provocadores. Dilacerantes, até, quando a luz do palco se volta para nós mesmos.
Mas eu vou seguindo a última estrofe de Du Bois e vou com ele:
Contudo, há de se atentar para um fato nas entrelinhas de toda a composição poética. O palco da vida sempre impõe distância entre os protagonistas e a realidade. E isso, fatalmente, desperta fantasias e interpretações.
E quando o aplauso se enche de "ressentimentos da realidade", ecoa a inevitável fuga da realidade inerente às tentativas de amenizar nossas frustrações; diante de ilusório que agrada. Aí, volta Freud afirmando que sonhos e fantasias fazem parte do processos de avaliação de nossas angústias.
Eis a perfeição dos versos de Pedro Du Bois. Inteligentes. Instigantes. Provocadores. Dilacerantes, até, quando a luz do palco se volta para nós mesmos.
Mas eu vou seguindo a última estrofe de Du Bois e vou com ele:
"(...) Retorno/ e aprofundo/ a vida/ em verdades (...).
Com certeza, grande poeta, estou rasgando a terra dura para plantar sementes do meu amanhã.
Seja sempre bem-vindo. A casa é sua.
Seja sempre bem-vindo. A casa é sua.
MHARIO LINCOLN
Editor-sênior da Revista Poética Brasileira
Presidente da Academia Poética Brasileira
www.revistapoeticabrasileira.com.br
Editor-sênior da Revista Poética Brasileira
Presidente da Academia Poética Brasileira
www.revistapoeticabrasileira.com.br
Eis os versos completos.
(I)
Alugo o corpo ao personagem
e sou incorporado ao discurso plástico
da inverdade. Sou deus e demônio
personificados nas contradições. Besta
e pomba. Homem despossuído
de razões. A aparente calmaria antecede
a tormenta e a neve desce a montanha.
Alugo o corpo ao personagem
e sou incorporado ao discurso plástico
da inverdade. Sou deus e demônio
personificados nas contradições. Besta
e pomba. Homem despossuído
de razões. A aparente calmaria antecede
a tormenta e a neve desce a montanha.
Sou outras gentes. Gentios
e crentes. A plateia estática na ação
do palco. O finalizar da música
no arrastar das cadeiras.
e crentes. A plateia estática na ação
do palco. O finalizar da música
no arrastar das cadeiras.
(II)
Ser além do personagem
o mito. História
em sua criação na apropriação
da ideia.
A luz ilumina o palco
com palavras
apostas no papel.
Ser além do personagem
o mito. História
em sua criação na apropriação
da ideia.
A luz ilumina o palco
com palavras
apostas no papel.
A aposta sobrevive ao instante
da criação. A aposta se conforma
ao espaço preenchido de oportunidades.
da criação. A aposta se conforma
ao espaço preenchido de oportunidades.
(III)
Repito o texto
realizo o gesto
materializo
a palavra.
Repito o texto
realizo o gesto
materializo
a palavra.
Permaneço.
(IV)
Avesso ao comum
imortalizo
a cena. O aplauso
contém o ressentimento
da realidade.
Avesso ao comum
imortalizo
a cena. O aplauso
contém o ressentimento
da realidade.
Retorno
e aprofundo
a vida
em verdades.
e aprofundo
a vida
em verdades.
Este trabalho poético integra o livro "Poemas", de Pedro Du Bois. Os poemas ora analisados, fazem parte da seção "Personagem". Leia mais o autor: http://pedrodubois.blogspot.com.br/.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
COLOCAÇÕES
No dia (detenção do tempo)
a manhã se apresenta desperta
em nuvens e pássaros alegóricos
(sensação da aurora)
a me dizer dos amanhãs
e do até logo
(consagração da hora)
após o dia findo.
Ao fundo a estrela guia
(constatação do equívoco)
desconstrói a estrada orvalhada
dos passos da partida
(ignorar o atrito)
na tristeza habitual
de se resumir em pouco caso
(destituição da memória).
(Pedro Du Bois, inédito)
a manhã se apresenta desperta
em nuvens e pássaros alegóricos
(sensação da aurora)
a me dizer dos amanhãs
e do até logo
(consagração da hora)
após o dia findo.
Ao fundo a estrela guia
(constatação do equívoco)
desconstrói a estrada orvalhada
dos passos da partida
(ignorar o atrito)
na tristeza habitual
de se resumir em pouco caso
(destituição da memória).
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 10 de dezembro de 2016
DITOS
Desdigo nomes
ausentes de significados
(branco espaço
de preenchimento)
vago desconhecimentos
no me dizer ausente
ao entornar o cálice
e cortar o pão
(inexistente)
(nome ressurgido
na necessidade)
digo isso por aquilo
aquele por esta
outro por nada
em gestos desesperados
(grunho descobertas)
no significar o nome readquire
forças e me acompanha ao cadafalso
dos ditos (im)populares.
(Pedro Du Bois, inédito)
ausentes de significados
(branco espaço
de preenchimento)
vago desconhecimentos
no me dizer ausente
ao entornar o cálice
e cortar o pão
(inexistente)
(nome ressurgido
na necessidade)
digo isso por aquilo
aquele por esta
outro por nada
em gestos desesperados
(grunho descobertas)
no significar o nome readquire
forças e me acompanha ao cadafalso
dos ditos (im)populares.
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 9 de dezembro de 2016
quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
ESTAR LÁ
Onde havia o riacho
correm ruas paralelas
de árvores substituídas
por verdes garagens
verde gasolina
em litros de passagens
cães inexistentes
se arremedam em borracharias
e lavagens de automóveis
(ser na árvores o fruto despercebido:
a pera recolhida do galho alcançável)
refaço o trajeto levando em mãos
a lata de cerveja o pão
o hambúrguer o queijo derretido
o espaço em muros delimita
o futuro e o passado: passos
apressam o desnecessário.
(Pedro Du Bois, inédito)
correm ruas paralelas
de árvores substituídas
por verdes garagens
verde gasolina
em litros de passagens
cães inexistentes
se arremedam em borracharias
e lavagens de automóveis
(ser na árvores o fruto despercebido:
a pera recolhida do galho alcançável)
refaço o trajeto levando em mãos
a lata de cerveja o pão
o hambúrguer o queijo derretido
o espaço em muros delimita
o futuro e o passado: passos
apressam o desnecessário.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 6 de dezembro de 2016
RETORNOS
Retorno: circunstância esvaziada
das resoluções. Reapresentado
aos que ficaram sei das razões
da permanência. Minto retornos
em ângulos ásperos das diferenças
em razões ultrapassadas. Exausto
nas descobertas descubro o passado
escondido no envelhecer dos que
ficaram. Vejo-me alquebrado
em necessidades. Relato
fatos aumentados ao ouvir
respostas diminuídas.
A rua transfigurada na rua
imaginada da rua antepassada
em rua amedrontada fosse rua exposta.
Rua
apenas rua: modificada
e estabelecida em metáfora.
Retornar e ficar: polos desconfortáveis
da verdade nos finais de tarde.
(Pedro Du Bois, inédito)
das resoluções. Reapresentado
aos que ficaram sei das razões
da permanência. Minto retornos
em ângulos ásperos das diferenças
em razões ultrapassadas. Exausto
nas descobertas descubro o passado
escondido no envelhecer dos que
ficaram. Vejo-me alquebrado
em necessidades. Relato
fatos aumentados ao ouvir
respostas diminuídas.
A rua transfigurada na rua
imaginada da rua antepassada
em rua amedrontada fosse rua exposta.
Rua
apenas rua: modificada
e estabelecida em metáfora.
Retornar e ficar: polos desconfortáveis
da verdade nos finais de tarde.
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
domingo, 4 de dezembro de 2016
PREMISSAS
Flores
cores
atores dispersos
cenas
atos
fatos comprovados
no processo
no acesso
na acesa discussão
flores
cores
atores concentrados
nas cenas
nos atos
em fatos desprovidos
de processo
e veracidade
aceso o fogo
o papel alimenta a chama
em que me reflito.
(Pedro Du Bois, inédito)
cores
atores dispersos
cenas
atos
fatos comprovados
no processo
no acesso
na acesa discussão
flores
cores
atores concentrados
nas cenas
nos atos
em fatos desprovidos
de processo
e veracidade
aceso o fogo
o papel alimenta a chama
em que me reflito.
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 3 de dezembro de 2016
Revista Cerrado Cultural
To Want, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/12/to-want.html
Querer, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/12/querer.html
Go Away, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/12/go-away.html
Ir Embora, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/12/ir-embora.html
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/12/to-want.html
Querer, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/12/querer.html
Go Away, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/12/go-away.html
Ir Embora, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/12/ir-embora.html
sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
DESCOBERTAS
busco a origem
além dos deuses conhecidos
na fixação das imagens
cultivo os motivos
além das razões estabelecidas
em deuses não acontecidos
quero o instinto predador
além da civilização imposta
em demônios consentidos
busco o paralelo esboço
além dos arqueológicos achados
em entidades acumuladas
procuro a essência despercebida
além dos aromas reunidos
em diversas providências
descubro a repetição continuada
além dos saltos geológicos
no sempiterno equilíbrio do planeta
(Pedro Du Bois, inédito)
além dos deuses conhecidos
na fixação das imagens
cultivo os motivos
além das razões estabelecidas
em deuses não acontecidos
quero o instinto predador
além da civilização imposta
em demônios consentidos
busco o paralelo esboço
além dos arqueológicos achados
em entidades acumuladas
procuro a essência despercebida
além dos aromas reunidos
em diversas providências
descubro a repetição continuada
além dos saltos geológicos
no sempiterno equilíbrio do planeta
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 30 de novembro de 2016
HUMANO
Rejeito o auxílio
prometido: no desespero
da derrota grito
ao vento: o intelecto
recompõe o gesto
e no discurso absolvo
o verso consentâneo
dos envolvimentos
arrumo o corpo contra a janela
e no desdouro do ato vejo
a dimensão da espera
rejeito a mão amiga na tragédia
e retorno ao âmbito imensurável
da farsa: sou humano.
(Pedro Du Bois, inédito)
prometido: no desespero
da derrota grito
ao vento: o intelecto
recompõe o gesto
e no discurso absolvo
o verso consentâneo
dos envolvimentos
arrumo o corpo contra a janela
e no desdouro do ato vejo
a dimensão da espera
rejeito a mão amiga na tragédia
e retorno ao âmbito imensurável
da farsa: sou humano.
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
OBJETOS
Objeto
barco acumulado
em formas dissemina
vidas alteradas
- concreto na transfiguração
riscada ao estrangeiro -
objeto recuperado na realidade
da cena: contas reforçam misericórdias
na reapresentação
- correta maneira de recuperar
o entorno feito algo
desejado aos deuses.
(Pedro Du Bois, inédito)
barco acumulado
em formas dissemina
vidas alteradas
- concreto na transfiguração
riscada ao estrangeiro -
objeto recuperado na realidade
da cena: contas reforçam misericórdias
na reapresentação
- correta maneira de recuperar
o entorno feito algo
desejado aos deuses.
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 26 de novembro de 2016
PRESSÕES
A pressão da porta no espaço
fechado na escuridão
do ato como conta a história
na metáfora sobreposta ao ato
realizado na cena inexistente
a pressão na resistência
da porta sobre o vazio
do quarto exige
na modernidade
o afeto simbolizado
em desencontros
a pressão da porta recupera o espaço
em destruída forma: formato
anteposto ao tanto encontrado
na palavra remetida ao todo
na pressão da porta intocada.
(Pedro Du Bois, inédito)
fechado na escuridão
do ato como conta a história
na metáfora sobreposta ao ato
realizado na cena inexistente
a pressão na resistência
da porta sobre o vazio
do quarto exige
na modernidade
o afeto simbolizado
em desencontros
a pressão da porta recupera o espaço
em destruída forma: formato
anteposto ao tanto encontrado
na palavra remetida ao todo
na pressão da porta intocada.
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 25 de novembro de 2016
ARCANOS GRÁVIDOS
Sobre meu "Poemas", em:
http://arcanosgravidos.blogspot.com.br/2016/11/poemas-de-pedro-du-bois.html
Tive o prazer de contar com a apresentaçãoprefácio de Webston Moura, poeta blogueiro - Arcanos Grávidos - com textos da maior intensidade. A quem, desde sempre, agradeço.
http://arcanosgravidos.blogspot.com.br/2016/11/poemas-de-pedro-du-bois.html
Tive o prazer de contar com a apresentaçãoprefácio de Webston Moura, poeta blogueiro - Arcanos Grávidos - com textos da maior intensidade. A quem, desde sempre, agradeço.
quinta-feira, 24 de novembro de 2016
APOSTAS
Aposto minhas fichas
na elucidação do mistério
em que me escondo
o jogo permanece
em disputa
minhas fichas
sobre a mesa
transgrido regras
e me coloco como vítima
do passado antecipado
meu jogo finda
no início do mistério.
(Pedro Du Bois, inédito)
na elucidação do mistério
em que me escondo
o jogo permanece
em disputa
minhas fichas
sobre a mesa
transgrido regras
e me coloco como vítima
do passado antecipado
meu jogo finda
no início do mistério.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 22 de novembro de 2016
AUSÊNCIA
Quadros
telas nas paredes
mundos multiplicados nas visões
controversas enfeites
contemplam pedras e madeiras
lavradas: esculpidas em formas amorfas
antropomórficas da mentira
em que se transformam
flores em potes vasos
sobrepostos no sentido
das cores recolhidas
no horizonte
em cada cena retratada
sou personagem ausente: olho
e descrevo a cena na televisão
anunciando comunicações
instantaneamente
(anti)presentes.
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 20 de novembro de 2016
CAMINHOS
cavalo em ondas
campos deslocados em terras
de aras no sacrifício imóvel
das vagas ausências sensíveis
no calor abrasivo das serpentes
o andar audacioso do tigre
mancha desconheceres
urge respostas de questões anteriores
alças de mira no abatimento
pela batalha na perdição da espera
o amigo na chegada
atrasada no desencontro
com o monstro em volta
razões telúricas de boas vindas
nos segredos agregados
na pedra do esboço do cavalo
em ondas
(Pedro Du Bois, inédito)
campos deslocados em terras
de aras no sacrifício imóvel
das vagas ausências sensíveis
no calor abrasivo das serpentes
o andar audacioso do tigre
mancha desconheceres
urge respostas de questões anteriores
alças de mira no abatimento
pela batalha na perdição da espera
o amigo na chegada
atrasada no desencontro
com o monstro em volta
razões telúricas de boas vindas
nos segredos agregados
na pedra do esboço do cavalo
em ondas
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 19 de novembro de 2016
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
NÃO
Não me comunico com deuses
inexistentes no medo adotado
pela condição primeva da história
no vago espaço intergaláctico
procuro nos acontecimentos
razões para estar aqui
caminhos desproporcionais
ao corpo em que a matéria
ilude os sentidos
deuses ausentes não servem
aos meus desígnios.
(Pedro Du Bois, inédito)
inexistentes no medo adotado
pela condição primeva da história
no vago espaço intergaláctico
procuro nos acontecimentos
razões para estar aqui
caminhos desproporcionais
ao corpo em que a matéria
ilude os sentidos
deuses ausentes não servem
aos meus desígnios.
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 16 de novembro de 2016
TESTEMUNHA
permaneço viva
testemunha
de mortes acontecidas
em passo irrefletidos
nos olhos opacos
dos movimentos transmitidos
ao futuro
testemunho a passagem
degradada de ambientes
desencantados em caminhos
de desencontros
viva permanência
retenho a essência
no desconhecimento
aguardo a luz
da escuridão
na absoluta
revelação
das salvaguardas
(Pedro Du Bois, inédito)
testemunha
de mortes acontecidas
em passo irrefletidos
nos olhos opacos
dos movimentos transmitidos
ao futuro
testemunho a passagem
degradada de ambientes
desencantados em caminhos
de desencontros
viva permanência
retenho a essência
no desconhecimento
aguardo a luz
da escuridão
na absoluta
revelação
das salvaguardas
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 11 de novembro de 2016
sábado, 5 de novembro de 2016
LIBERDADE
Livre do físico
corpo desencontrado
sou essência
desconsiderada
(deixo a família
os amigos
o gosto
o trabalho
as leituras)
no desconhecido universo
despersonalizado
sou nada.
(Pedro Du Bois, inédito)
corpo desencontrado
sou essência
desconsiderada
(deixo a família
os amigos
o gosto
o trabalho
as leituras)
no desconhecido universo
despersonalizado
sou nada.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 3 de novembro de 2016
quarta-feira, 2 de novembro de 2016
CESSAR
cessar o movimento das árvores
em ventos redemoinhados
cessar o voo dos pássaros
em ventos desconsiderados
cessar o caminhar dos homens
em ventos descontinuados
a estática
o estático
na imortalidade condensada
em gestos não acontecidos.
(Pedro Du Bois, inédito)
em ventos redemoinhados
cessar o voo dos pássaros
em ventos desconsiderados
cessar o caminhar dos homens
em ventos descontinuados
a estática
o estático
na imortalidade condensada
em gestos não acontecidos.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 1 de novembro de 2016
Revista Cerrado Cultural
Uncertainties, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/11/uncertainties.html
To Hear, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/11/to-hear.html
Ouvir, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/11/ouvir.html
Desmerecer, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/11/desmerecer.html
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/11/uncertainties.html
To Hear, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/11/to-hear.html
Ouvir, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/11/ouvir.html
Desmerecer, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/11/desmerecer.html
segunda-feira, 31 de outubro de 2016
CIENTE
Vê na morte
a cientificação da perda:
sabe da consequência
nas batalhas diárias
de sobrevida
pronto sofrimento
e medo
a morte na extensão
do nada (sorrateiro)
pela decomposição
do corpo
no cheiro
nauseabundo
da carne
putrefata.
(Pedro Du Bois, inédito)
a cientificação da perda:
sabe da consequência
nas batalhas diárias
de sobrevida
pronto sofrimento
e medo
a morte na extensão
do nada (sorrateiro)
pela decomposição
do corpo
no cheiro
nauseabundo
da carne
putrefata.
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 30 de outubro de 2016
sábado, 29 de outubro de 2016
MEDOS
Conheço na ameaça o medo
de não concretizar o crime
e a vítima estupefata chegar
em casa sã e salva: retorno
no pecado desconsiderado
na tragédia de ser eterno
sucumbido em pedaços
carcomidos de entranhas
ao final desconsiderado.
Arremedo o palhaço no picadeiro
me dizendo amante das razões
aleatórias da memória: na fuga
o extremo gesto dos encontros
no medo permanente.
Ameaço atravessar a porta
aberta em justos acordes
da música que se inicia.
(Pedro Du Bois, inédito)
de não concretizar o crime
e a vítima estupefata chegar
em casa sã e salva: retorno
no pecado desconsiderado
na tragédia de ser eterno
sucumbido em pedaços
carcomidos de entranhas
ao final desconsiderado.
Arremedo o palhaço no picadeiro
me dizendo amante das razões
aleatórias da memória: na fuga
o extremo gesto dos encontros
no medo permanente.
Ameaço atravessar a porta
aberta em justos acordes
da música que se inicia.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
LADO ESQUERDO
Lado esquerdo
deserto afeito na condescendência
(modo de esconder sentimentos
ao recolher no barro cacos
retirados na idade anterior)
a efemeridade do corpo em sentido
obrigatório de saber preso ao espírito
racionalizado na ideia de ir embora
aprisionado no acontecimento
canhoto
sinistro
definitivo no desvalor
habitual do cadáver
razões em visões
inalcançáveis: o barulho na casa
confirma que lados esquerdos
se dizem - sempre - conformados.
(Pedro Du Bois, inédito)
deserto afeito na condescendência
(modo de esconder sentimentos
ao recolher no barro cacos
retirados na idade anterior)
a efemeridade do corpo em sentido
obrigatório de saber preso ao espírito
racionalizado na ideia de ir embora
aprisionado no acontecimento
canhoto
sinistro
definitivo no desvalor
habitual do cadáver
razões em visões
inalcançáveis: o barulho na casa
confirma que lados esquerdos
se dizem - sempre - conformados.
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
terça-feira, 25 de outubro de 2016
FEITOS
do nada feito
do nada bem feito
do nada perfeito
do nada o conceito
abstrai a curva
do rio suspenso
em águas
a primavera retrai
o extremo alérgico
dos perfumes
do nada afeito
do nada desfeito
do nada refeito
(Pedro Du Bois, inédito)
do nada bem feito
do nada perfeito
do nada o conceito
abstrai a curva
do rio suspenso
em águas
a primavera retrai
o extremo alérgico
dos perfumes
do nada afeito
do nada desfeito
do nada refeito
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 23 de outubro de 2016
REFLEXÕES SOBRE RODAS
Apesar do alagamento preconizado
no trânsito em ruas transbordadas
reconhece nos rostos preocupados
o pai de família atrasado para o trabalho
do assaltante imobilizado na entrega
pelo policial assoberbado nos motivos
do homem molhado na calçada
no passar da água em fúria
empoçada redobra a atenção
à música penetrada no corpo
distraído do mundo afirmado
sobre rodas imobilizadas
move o carro ao destino: a fila
afunila em busca da pista na hora
suspensa sobre o para-brisa
no significado conservado
pelo restante do caminho.
(Pedro Du Bois, inédito)
no trânsito em ruas transbordadas
reconhece nos rostos preocupados
o pai de família atrasado para o trabalho
do assaltante imobilizado na entrega
pelo policial assoberbado nos motivos
do homem molhado na calçada
no passar da água em fúria
empoçada redobra a atenção
à música penetrada no corpo
distraído do mundo afirmado
sobre rodas imobilizadas
move o carro ao destino: a fila
afunila em busca da pista na hora
suspensa sobre o para-brisa
no significado conservado
pelo restante do caminho.
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
REPUBLICAR
Desliza a voz inaudível no discurso
inflamado de palavras ásperas ao tempo
imorredouro das lembranças escondidas
em interinos destaques de ações inábeis
nas mortes em ambos os lados
recebe aplausos sendo reconduzido
ao trono do desdouro: cassandras
apropriadas em termos mecânicos
de negócios em assombrados destinos
recoloca sobre a cabeça o cetro
que o faz presente no que avassala
a plateia na consagração inútil
dos espertos: o espectro andaluz
ressurge ao soar a música
na pregação da morte.
(Pedro Du Bois, inédito)
inflamado de palavras ásperas ao tempo
imorredouro das lembranças escondidas
em interinos destaques de ações inábeis
nas mortes em ambos os lados
recebe aplausos sendo reconduzido
ao trono do desdouro: cassandras
apropriadas em termos mecânicos
de negócios em assombrados destinos
recoloca sobre a cabeça o cetro
que o faz presente no que avassala
a plateia na consagração inútil
dos espertos: o espectro andaluz
ressurge ao soar a música
na pregação da morte.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
quarta-feira, 19 de outubro de 2016
RAPINA
Na rapina
reconhece o corpo
consumido
na covardia
do fuso anti-horário
das ilusões menores
interessa o azedo da carcaça
na carne apodrecida do cadáver
pelo verme na passagem
a ave rapina o gesto
desossado do corpo aberto
ao sentir nauseabundo
alerta ao movimento inexistente
a carniça esvoaça a vida restante
em rememorações abstratas.
(Pedro Du Bois, inédito)
reconhece o corpo
consumido
na covardia
do fuso anti-horário
das ilusões menores
interessa o azedo da carcaça
na carne apodrecida do cadáver
pelo verme na passagem
a ave rapina o gesto
desossado do corpo aberto
ao sentir nauseabundo
alerta ao movimento inexistente
a carniça esvoaça a vida restante
em rememorações abstratas.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 18 de outubro de 2016
Isla Negra 432 + Navegaciones 106
meu poema, em:
Pedro
Du Bois
Brasil -1947
Incertezas
Desprovido
da incerteza
ameaço
o orgulho
nacional:
ser daqui
envolve
a consequência
de
estar na impotência
do
limite
demonstro
raiva
no
relento da hora
onde
me apodero
quando
me ofereço
talvez
espere
aos
pés do mensageiro
a
incerteza na ameaça
do
mergulho racional
nas
canções.
( inédito)
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
URNAS
Na urna
mortuária vida
depositada: vontade
na poeira
da história acuada
em vertentes
desdobradas em crises
na compleição
de corpos fortalecidos
em batalhas anômalas
no pensamento racional
dos aprendizados
na urna a morte
espreita o infinito
da ignorância
soprada no pó
destemperado
da hipocrisia.
(Pedro Du Bois, inédito)
mortuária vida
depositada: vontade
na poeira
da história acuada
em vertentes
desdobradas em crises
na compleição
de corpos fortalecidos
em batalhas anômalas
no pensamento racional
dos aprendizados
na urna a morte
espreita o infinito
da ignorância
soprada no pó
destemperado
da hipocrisia.
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 15 de outubro de 2016
ODIAR
Vago meus passos em palavras
repletas de eternidades
(esconderijo da raiva
no dissabor alçado
ao consumido ocaso)
ecoam silêncios significados
de tempos atravessados
em trancas e portas
percebo no brilho do piso
o desprazer de estar comigo
(aberturas acondicionadas nos intermédios
das descobertas de tempos alisados
no que se sustenta em ódios).
(Pedro Du Bois, inédito)
repletas de eternidades
(esconderijo da raiva
no dissabor alçado
ao consumido ocaso)
ecoam silêncios significados
de tempos atravessados
em trancas e portas
percebo no brilho do piso
o desprazer de estar comigo
(aberturas acondicionadas nos intermédios
das descobertas de tempos alisados
no que se sustenta em ódios).
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
quinta-feira, 13 de outubro de 2016
GRITOS
A voz alterada
prenuncia
relâmpagos
faiscados
no horizonte
da noite
o grito abre o jorro
inaudito da ofensa
contemplado no sarcasmo
de inúmeras voltas retorcidas
na educação desconsiderada
o arroubo do discurso
vilipendia a honra
com que se defende
ao ser atingido
pelo estertor da voz
que retoma o tom inicial
no início a discussão
se arrepende em contingências.
(Pedro Du Bois, inédito)
prenuncia
relâmpagos
faiscados
no horizonte
da noite
o grito abre o jorro
inaudito da ofensa
contemplado no sarcasmo
de inúmeras voltas retorcidas
na educação desconsiderada
o arroubo do discurso
vilipendia a honra
com que se defende
ao ser atingido
pelo estertor da voz
que retoma o tom inicial
no início a discussão
se arrepende em contingências.
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 12 de outubro de 2016
terça-feira, 11 de outubro de 2016
NÃO DIZER
Nenhuma palavra
será esquecida
o eco a reterá
na eternidade
dos retornos
onde a memória
a aprisiona
em grades refletidas
de dias futuros
a agressão permanece
em cada gesto: destrói
o arcabouço
e o arquétipo
onde o tempo transita
em minotauros presos
aos labirintos
das presenças
palavras impronunciáveis
dispensam cuidados
acobertadas na faina
diária.
(Pedro Du Bois, inédito)
será esquecida
o eco a reterá
na eternidade
dos retornos
onde a memória
a aprisiona
em grades refletidas
de dias futuros
a agressão permanece
em cada gesto: destrói
o arcabouço
e o arquétipo
onde o tempo transita
em minotauros presos
aos labirintos
das presenças
palavras impronunciáveis
dispensam cuidados
acobertadas na faina
diária.
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 10 de outubro de 2016
domingo, 9 de outubro de 2016
ERROS
A percussão
estabelece o limite
do contato: a mão e a pele
são sons do mundo
no eco de fundo
dos espaços descobertos
sinal afetivo da vida
além dos olhos
e ouvidos finos
de transparências
o surdo rumor
da aproximação
e fuga
repete nos olhos
pés que se movimentam
na agilidade do estrondo.
(Pedro Du Bois, inédito)
estabelece o limite
do contato: a mão e a pele
são sons do mundo
no eco de fundo
dos espaços descobertos
sinal afetivo da vida
além dos olhos
e ouvidos finos
de transparências
o surdo rumor
da aproximação
e fuga
repete nos olhos
pés que se movimentam
na agilidade do estrondo.
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 8 de outubro de 2016
sexta-feira, 7 de outubro de 2016
CONDICIONAIS
haveria de sair pelo mundo
no encantamento do espírito
com o corpo roçaria as pedras
diante dos olhos convencidos
(o tapete cobriria o piso da sala)
buscaria meandros e retiraria o peixe
:limparia com as mãos e a faca brilharia
contra a luz em olhos estremecidos
(a faca guardaria na gaveta)
teria em passos quilômetros distantes
de lugares indizíveis dos mapas
e as circunstâncias fariam o tempo
dos acompanhamentos e das noites
em céu aberto de descobertas
(os sapatos acondicionaria em caixas)
deixaria a vida estática no escalar alturas
vazias no espaço aberto em vastidões
terrenas que não alcançaria
(o corpo na cama macia e a vontade)
(Pedro Du Bois, inédito)
no encantamento do espírito
com o corpo roçaria as pedras
diante dos olhos convencidos
(o tapete cobriria o piso da sala)
buscaria meandros e retiraria o peixe
:limparia com as mãos e a faca brilharia
contra a luz em olhos estremecidos
(a faca guardaria na gaveta)
teria em passos quilômetros distantes
de lugares indizíveis dos mapas
e as circunstâncias fariam o tempo
dos acompanhamentos e das noites
em céu aberto de descobertas
(os sapatos acondicionaria em caixas)
deixaria a vida estática no escalar alturas
vazias no espaço aberto em vastidões
terrenas que não alcançaria
(o corpo na cama macia e a vontade)
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
quarta-feira, 5 de outubro de 2016
HABITAR
Habito o instante iluminado das tormentas
quando pássaros abrigados
calam em reverência
à força da natureza.
Sem medo
meço a constância
indiferente das batalhas: retiro
a agonia dos corpos retalhados.
Homens glorificados
sem que pássaros habitem ares
e luzes se apaguem no imediato
da refrega. Presente no iluminar
das bombas sou a resistência
inútil da razão dispensada pela força
sobre a torrente de vidas escorraçadas.
Não há o canto harmônico dos pássaros
nem o grito dos profetas inutiliza os ares
onde desabito a casa arrasada de meus pais.
(Pedro Du Bois, inédito)
quando pássaros abrigados
calam em reverência
à força da natureza.
Sem medo
meço a constância
indiferente das batalhas: retiro
a agonia dos corpos retalhados.
Homens glorificados
sem que pássaros habitem ares
e luzes se apaguem no imediato
da refrega. Presente no iluminar
das bombas sou a resistência
inútil da razão dispensada pela força
sobre a torrente de vidas escorraçadas.
Não há o canto harmônico dos pássaros
nem o grito dos profetas inutiliza os ares
onde desabito a casa arrasada de meus pais.
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 3 de outubro de 2016
AUSÊNCIA
Na vontade inexistente
reside a apatia: ser ausente corpo
circulando em ruas indiferentes.
Não ser daqui e na ausência
do reconhecimento se ver
disperso entre casas e prédios
(desconhecidos e iguais)
a afania sobreposta aos olhos na visão
esdrúxula da indiferença sentimental
no opaco gesto de despedida.
(Pedro Du Bois, inédito)
reside a apatia: ser ausente corpo
circulando em ruas indiferentes.
Não ser daqui e na ausência
do reconhecimento se ver
disperso entre casas e prédios
(desconhecidos e iguais)
a afania sobreposta aos olhos na visão
esdrúxula da indiferença sentimental
no opaco gesto de despedida.
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 2 de outubro de 2016
Isla Negra - Navegaciones 104
Pedro Du Bois
Brasil -1947
Preços
Arrecado
óbolos
desprovidos
de
futuro: o pagamento
permite
a
viagem
(não a estada).
sábado, 1 de outubro de 2016
Revista Cerrado Cultural
Som, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/10/som.html
Sound, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/10/sound.html
Ter, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/10/ter.html
To Have, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/10/to-have.html
Grito, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/10/grito.html
Shout, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/10/shout.html
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/10/som.html
Sound, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/10/sound.html
Ter, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/10/ter.html
To Have, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/10/to-have.html
Grito, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/10/grito.html
Shout, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/10/shout.html
VISÕES
Posso dizer
do sarcasmo acumulado
em dias ultrapassados
de minha parca existência
bem e mal interpostos
em viagens percorridas
de ocidentes aos acidentes
de percurso entre sarcasmos
vivencio ironias
de reativadas forças
em que sucumbo
nos falsos dizeres
de bons dias
boas tardes
boas noites
alinho falsas piedades
em baixas estimas
na repetição de versos saudosos
de estranhamentos regulares
na sordidez cáustica da verdade
acontecida em minha visão.
(Pedro Du Bois, inédito)
do sarcasmo acumulado
em dias ultrapassados
de minha parca existência
bem e mal interpostos
em viagens percorridas
de ocidentes aos acidentes
de percurso entre sarcasmos
vivencio ironias
de reativadas forças
em que sucumbo
nos falsos dizeres
de bons dias
boas tardes
boas noites
alinho falsas piedades
em baixas estimas
na repetição de versos saudosos
de estranhamentos regulares
na sordidez cáustica da verdade
acontecida em minha visão.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 29 de setembro de 2016
SOSSEGO
O sossego é final do tempo
permitido
perco a hora
reabilitando o instante
na rede armada
na varanda
relembro a luta
da chegada
a permanência
na constância
de me dizer presente.
(Pedro Du Bois, inédito)
permitido
perco a hora
reabilitando o instante
na rede armada
na varanda
relembro a luta
da chegada
a permanência
na constância
de me dizer presente.
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 28 de setembro de 2016
terça-feira, 27 de setembro de 2016
DESDOURO
Escondido
o desdouro
não tem serventia
execrado
em pública praça
objeto de troça
trocadilho
letras garrafais tingindo
muros e paredes
folhetos apócrifos contam
o desmoronamento da classificação
em que entranhas são encontradas
trancadas pelo lado de dentro
na coesão de ideias cimentadas
o opróbrio viceja altos brados
o desdouro
duradouro epitáfio
sobre a tampa ainda suspensa
em delírio.
(Pedro Du Bois, inédito)
o desdouro
não tem serventia
execrado
em pública praça
objeto de troça
trocadilho
letras garrafais tingindo
muros e paredes
folhetos apócrifos contam
o desmoronamento da classificação
em que entranhas são encontradas
trancadas pelo lado de dentro
na coesão de ideias cimentadas
o opróbrio viceja altos brados
o desdouro
duradouro epitáfio
sobre a tampa ainda suspensa
em delírio.
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 25 de setembro de 2016
PODER
Conserve a ideia de possuir o todo
ao esquecer as promessas da campanha
na mentira cristalize o tempo
das verdades necessárias
apague os rastros no deslizar o corpo
saiba apartar os amigos das tristezas
ao ver em espantados olhos
as igualdades indiferentes
toda ideia carrega seu fardo
na humilhação desproporcionada
pelo hábito de se fazer aparente
o poder embriagado ressaca mentes
no absurdo abrir mão das consequências
em poderes inconsequentes de desculpas.
(Pedro Du Bois, inédito)
ao esquecer as promessas da campanha
na mentira cristalize o tempo
das verdades necessárias
apague os rastros no deslizar o corpo
saiba apartar os amigos das tristezas
ao ver em espantados olhos
as igualdades indiferentes
toda ideia carrega seu fardo
na humilhação desproporcionada
pelo hábito de se fazer aparente
o poder embriagado ressaca mentes
no absurdo abrir mão das consequências
em poderes inconsequentes de desculpas.
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
NASCER
Ter o leite
negado ao filho
na dor do peito
o parto
partido
o leite negado crime
ao filho trôpego
partindo o corpo
o leite negado ao filho
rasgado ventre
chorado no nascimento
o leite ao filho negado
reproduzido na cena
de vir ao mundo
no susto elementar
do corpo antecedido
na dor no peito
o leite dado ao filho
destrancado corpo
no nascimento
em que dói o peito.
(Pedro Du Bois, inédito)
negado ao filho
na dor do peito
o parto
partido
o leite negado crime
ao filho trôpego
partindo o corpo
o leite negado ao filho
rasgado ventre
chorado no nascimento
o leite ao filho negado
reproduzido na cena
de vir ao mundo
no susto elementar
do corpo antecedido
na dor no peito
o leite dado ao filho
destrancado corpo
no nascimento
em que dói o peito.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
terça-feira, 20 de setembro de 2016
RESTRITO
Restrito: peça invadida
em móveis: cadeiras
dispostas
em volta
da mesa
posta: disposição
da fome. Engulho
da comida requentada.
Esbulho. Cortinas
encerradas na artificialidade
das luzes decompostas
em imagens. Armário
alto de copos e pratos.
Vidro quebrado no canto
inferior direito: restrição.
(Pedro Du Bois, inédito)
em móveis: cadeiras
dispostas
em volta
da mesa
posta: disposição
da fome. Engulho
da comida requentada.
Esbulho. Cortinas
encerradas na artificialidade
das luzes decompostas
em imagens. Armário
alto de copos e pratos.
Vidro quebrado no canto
inferior direito: restrição.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
CHEGAR
No extremo
descubro o espaço
abaixo
dos olhos
pespegados
em sólido
preconceito
retorno ao início
do jogo perdido
desde o começo
aos extremos não se concedem
espantos em estranhos gestos:
apenas
o estático corpo
suspenso.
(Pedro Du Bois, inédito)
descubro o espaço
abaixo
dos olhos
pespegados
em sólido
preconceito
retorno ao início
do jogo perdido
desde o começo
aos extremos não se concedem
espantos em estranhos gestos:
apenas
o estático corpo
suspenso.
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 14 de setembro de 2016
terça-feira, 13 de setembro de 2016
CALMA
após a calmaria da viagem
não repito a paisagem
e me lanço à terra
na banalização
do gesto
(procuro a briga
e me retiro surrado
na cansativa reprodução
em cenas de sangue e morte)
viagens cansam corpos desprovidos
dos sinais luminosos de fraquezas
nas histórias decompostas em capítulos
aproximados entre chegadas e partidas
a frequência corrigida dos lamentos
retira das frestas históricas a alusão
aos regressos: tenho a calma sensação
do ocaso no me reconhecer menor
do que o destino acrescentado:
banalizações atravessam
vidas ignoradas de fracassos
em campos opostos.
(Pedro Du Bois, inédito)
não repito a paisagem
e me lanço à terra
na banalização
do gesto
(procuro a briga
e me retiro surrado
na cansativa reprodução
em cenas de sangue e morte)
viagens cansam corpos desprovidos
dos sinais luminosos de fraquezas
nas histórias decompostas em capítulos
aproximados entre chegadas e partidas
a frequência corrigida dos lamentos
retira das frestas históricas a alusão
aos regressos: tenho a calma sensação
do ocaso no me reconhecer menor
do que o destino acrescentado:
banalizações atravessam
vidas ignoradas de fracassos
em campos opostos.
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
domingo, 11 de setembro de 2016
SEQUÊNCIA
Na interminável sequência
lances se sucedem em último
e definitivo achado: única vitória
sucessivas jogadas esquecidas
em alternâncias e desabafos
o instante amedrontado pela desconfiança
faz o corpo lembrar a fome
indiferente no retirar o sustento
breve: o retorno ao foco silencia
na escuridão a hora gerada
pela conscientização do espírito
em necessidades mercadejadas
interminável sequência indemonstrável
nos atos de prosperidade de afogados
sentidos em quase nada.
(Pedro Du Bois, inédito)
lances se sucedem em último
e definitivo achado: única vitória
sucessivas jogadas esquecidas
em alternâncias e desabafos
o instante amedrontado pela desconfiança
faz o corpo lembrar a fome
indiferente no retirar o sustento
breve: o retorno ao foco silencia
na escuridão a hora gerada
pela conscientização do espírito
em necessidades mercadejadas
interminável sequência indemonstrável
nos atos de prosperidade de afogados
sentidos em quase nada.
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 10 de setembro de 2016
sexta-feira, 9 de setembro de 2016
HÁBITOS
Quando habito
hábitos
em retrógradas figuras
esmaeço
pergunto
sobre tempos não chegados
não percebo a imutabilidade
do caos na repetição do discurso
o hábito me faz crente
das obviedades.
(Pedro Du Bois, inédito)
hábitos
em retrógradas figuras
esmaeço
pergunto
sobre tempos não chegados
não percebo a imutabilidade
do caos na repetição do discurso
o hábito me faz crente
das obviedades.
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 7 de setembro de 2016
PERSONAS
personificamos desigualdades
estratificadas em nos deixar emparedar:
corpo e mente unidos no invisível fio
enredado ao pé da história: negamos
o novo
e o próximo: amamos na adoração
abstrata das estrelas
no peso incontrolável da incerteza
dizemos sim ao nada travestido
o pior emerge na clandestinidade
que o poder suporta na eventualidade
aos sonhos acrescentamos fumaças
estéreis de progressos: inócua sensação
de estarmos juntos na iniquidade
com que o futuro se afasta
em antigos horizontes
(Pedro Du Bois, inédito)
estratificadas em nos deixar emparedar:
corpo e mente unidos no invisível fio
enredado ao pé da história: negamos
o novo
e o próximo: amamos na adoração
abstrata das estrelas
no peso incontrolável da incerteza
dizemos sim ao nada travestido
o pior emerge na clandestinidade
que o poder suporta na eventualidade
aos sonhos acrescentamos fumaças
estéreis de progressos: inócua sensação
de estarmos juntos na iniquidade
com que o futuro se afasta
em antigos horizontes
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
A DELICADEZA
Delicadeza com que respiro
a vida
ávida de reconhecimento
ressurge tópicos inconclusos
em verdades desditas pela idade
ideia de ser o mesmo
corpo inexorável ao tempo
na respiração ofegante
das entregas amantes
:amanheço cada razão perdida
em encontros: a avidez abandona
o rosto encoberto pela mão da ajuda
e do suspiro
respiro a delicadeza permitida
na escoriação deixada encoberta
pela escuridão do futuro acenado
acerto alvos na ressurgência
da pétala ressecada entre folhas
em desdobramentos: delicadeza
com que vestimos os cadáveres.
(Pedro Du Bois, inédito)
a vida
ávida de reconhecimento
ressurge tópicos inconclusos
em verdades desditas pela idade
ideia de ser o mesmo
corpo inexorável ao tempo
na respiração ofegante
das entregas amantes
:amanheço cada razão perdida
em encontros: a avidez abandona
o rosto encoberto pela mão da ajuda
e do suspiro
respiro a delicadeza permitida
na escoriação deixada encoberta
pela escuridão do futuro acenado
acerto alvos na ressurgência
da pétala ressecada entre folhas
em desdobramentos: delicadeza
com que vestimos os cadáveres.
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 4 de setembro de 2016
sábado, 3 de setembro de 2016
O PIOR
pior: esqueço o futuro no mergulho
a lugar algum do passado e me revejo
fantasma em mim mesmo na repetição
insana dos erros cometidos. irreconhecível
no plano abjurado das serpentes agouro
o destino de quem me diz cliente e sócio.
ócio indeterminado na autoridade ilusória
em que me enredo: sou o pagador da conta
em irrisório acessório: troco desconsiderado
no volume do desgosto em que não me sinto.
inibo. arranco do outro o direito na fera solta
contra o obstáculo. a dor reconforta o tolo
no todo abstraído da memória: a escória
aplaude o gesto e me despreza.
(Pedro Du Bois, inédito)
a lugar algum do passado e me revejo
fantasma em mim mesmo na repetição
insana dos erros cometidos. irreconhecível
no plano abjurado das serpentes agouro
o destino de quem me diz cliente e sócio.
ócio indeterminado na autoridade ilusória
em que me enredo: sou o pagador da conta
em irrisório acessório: troco desconsiderado
no volume do desgosto em que não me sinto.
inibo. arranco do outro o direito na fera solta
contra o obstáculo. a dor reconforta o tolo
no todo abstraído da memória: a escória
aplaude o gesto e me despreza.
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 2 de setembro de 2016
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
Revista Cerrado Cultural
Amantes, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/09/amantes.html
Lovers, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/09/lovers.html
Nada, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/09/nada.html
Nothing, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/09/nothing.html
Finales, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/09/finales.html
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/09/amantes.html
Lovers, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/09/lovers.html
Nada, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/09/nada.html
Nothing, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/09/nothing.html
Finales, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/09/finales.html
RESTAR
Sou o restante do tempo
do espaço
do traço sobre o papel
em último aviso
último recado
última despedida
ao ir embora: uso o restante do caminho
do som
do gesto
desprendido
até restar em espírito
nas músicas cantadas em língua estrangeira
alheias ao sentimento ditado em linhas
geográficas onde resto sentimentos
sentidos
voltado
contra a porta.
(Pedro Du Bois, inédito)
do espaço
do traço sobre o papel
em último aviso
último recado
última despedida
ao ir embora: uso o restante do caminho
do som
do gesto
desprendido
até restar em espírito
nas músicas cantadas em língua estrangeira
alheias ao sentimento ditado em linhas
geográficas onde resto sentimentos
sentidos
voltado
contra a porta.
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
terça-feira, 30 de agosto de 2016
RENOVAÇÃO
Ao que se renova
no gosto da redescoberta
águas movimentam
o alheio instante no fortuito
toque de guitarra
na renovação o reencontro
em gestos aparados
sabe do retorno
no todo feito sentido
o preconceito se revigora na estupidez
do acobertamento dos nomes apostos
em velhos hábitos: mando e obediência
não se renova a esperança
incorporada em antigos
determinismos lembrados.
(Pedro Du Bois, inédito)
no gosto da redescoberta
águas movimentam
o alheio instante no fortuito
toque de guitarra
na renovação o reencontro
em gestos aparados
sabe do retorno
no todo feito sentido
o preconceito se revigora na estupidez
do acobertamento dos nomes apostos
em velhos hábitos: mando e obediência
não se renova a esperança
incorporada em antigos
determinismos lembrados.
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 28 de agosto de 2016
AS COISAS
Quantidade medida
em braças
(distâncias em abraços
circunflexos)
na volta
o fio escapa ao controle
e a faísca
queima: a variedade
estende os braços
nos limites da peça
(distâncias em segredos
confessados)
no retorno espero encontrar
as coisas nos mesmos lugares
por onde passa a música
no carro dos turistas
a totalidade despreza
o embaraço
em que se enraíza.
(Pedro Du Bois, inédito)
em braças
(distâncias em abraços
circunflexos)
na volta
o fio escapa ao controle
e a faísca
queima: a variedade
estende os braços
nos limites da peça
(distâncias em segredos
confessados)
no retorno espero encontrar
as coisas nos mesmos lugares
por onde passa a música
no carro dos turistas
a totalidade despreza
o embaraço
em que se enraíza.
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 27 de agosto de 2016
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
TEMPOS
(absoluto) tempo adjetivado na sonorização
da gravidade: o vácuo seca as palavras
e as devolve em gestos de fatuidade
o tempo teima nossa permanência
fosse equação matemática: número
resfriado de repetições indolores
peso carregado
multiplicado
na incerteza
de querer estar
o tempo assenhora-se do vácuo transmitido
aos estáticos seres: assumimos as formas
de onde estamos e nos recolhemos em paisagem
dos números abstraímos sentidos
com que a vida nos divide
(absoluto) o tempo decorre sua sentença
no calar a nossa voz: fecha nossos olhos
na efemeridade recontada ao instante
(Pedro Du Bois, inédito)
da gravidade: o vácuo seca as palavras
e as devolve em gestos de fatuidade
o tempo teima nossa permanência
fosse equação matemática: número
resfriado de repetições indolores
peso carregado
multiplicado
na incerteza
de querer estar
o tempo assenhora-se do vácuo transmitido
aos estáticos seres: assumimos as formas
de onde estamos e nos recolhemos em paisagem
dos números abstraímos sentidos
com que a vida nos divide
(absoluto) o tempo decorre sua sentença
no calar a nossa voz: fecha nossos olhos
na efemeridade recontada ao instante
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 25 de agosto de 2016
SEGREDO
o segredo desvendado
reduz o fato ao mistério anterior
revelações instrumentalizam
raízes apagadas em corpos decompostos
no horror desinstalado
pela luz do dia
de permanentes horas
úteis nas jornadas
nada além do estreito termo
onde apomos nossa assinatura
resta o aval
a fiança
a concordância formal
do selo: a estampa
(Pedro Du Bois, inédito)
reduz o fato ao mistério anterior
revelações instrumentalizam
raízes apagadas em corpos decompostos
no horror desinstalado
pela luz do dia
de permanentes horas
úteis nas jornadas
nada além do estreito termo
onde apomos nossa assinatura
resta o aval
a fiança
a concordância formal
do selo: a estampa
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
NÃO SER
Fujo ao contato: no isolamento
procuro o reflexo em que a imagem
se consubstancia: nada se mostra
na escura vida ignorada
o contato é a forma humana
dos encontros no lampejo
da minha memória.
(Pedro Du Bois, inédito)
procuro o reflexo em que a imagem
se consubstancia: nada se mostra
na escura vida ignorada
o contato é a forma humana
dos encontros no lampejo
da minha memória.
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 21 de agosto de 2016
sábado, 20 de agosto de 2016
CAMINHOS
Não me amedrontam
labirintos (inatingíveis
inexpugnáveis)
diversos minotauros
me subjugam
em ambivalências
a mim assustam fios
destecidos no não ouvir
outras vozes na diversidade
dos caminhos.
(Pedro Du Bois, inédito)
labirintos (inatingíveis
inexpugnáveis)
diversos minotauros
me subjugam
em ambivalências
a mim assustam fios
destecidos no não ouvir
outras vozes na diversidade
dos caminhos.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
TESTEMUNHA
revejo a cena
no fundo da garagem
olhos vermelhos
brilhantes
o pequeno demônio
no pátio
indiferentes
garotos jogando
bola
sou único
testemunho
(Pedro Du Bois, em REENCAMINHADO, Edição do autor/2005)
no fundo da garagem
olhos vermelhos
brilhantes
o pequeno demônio
no pátio
indiferentes
garotos jogando
bola
sou único
testemunho
(Pedro Du Bois, em REENCAMINHADO, Edição do autor/2005)
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
terça-feira, 16 de agosto de 2016
APRENDENDO A VOLTAR
I
aprendo a voltar
e me perco
em recordações:
passado
petrificado
em passos
retornos
fechados
em acasos
aprendo ser a volta
o pior do encontro
rasgo instantâneo
do corpo
ao mistério.
(Pedro Du Bois, em APRENDENDO A VOLTAR, Edição do autor/2006)
domingo, 14 de agosto de 2016
ANDAR
Liga a televisão não assiste a nada
troca de canal como muda de vida
hoje bem amanhã quem sabe
morto está assim lhe vejam
continua na procura que perdura
escolhe nos dedos o pior programa
não tem a quem esquentar a cama
pássaro ferido congelado na lama
encontra fácil o que perdeu
é alfaiate a provar o terno
tenso pedaço espicaça o resto
ossos duros estalam na pressa
no horizonte da tela plana
herói: para nada anda.
(Pedro Du Bois, em PASSAGEM PLURAL, Edição do autor/2004)
troca de canal como muda de vida
hoje bem amanhã quem sabe
morto está assim lhe vejam
continua na procura que perdura
escolhe nos dedos o pior programa
não tem a quem esquentar a cama
pássaro ferido congelado na lama
encontra fácil o que perdeu
é alfaiate a provar o terno
tenso pedaço espicaça o resto
ossos duros estalam na pressa
no horizonte da tela plana
herói: para nada anda.
(Pedro Du Bois, em PASSAGEM PLURAL, Edição do autor/2004)
sexta-feira, 12 de agosto de 2016
PORTAS E VENTOS
Onde estão as portas
batendo ao vento
acordando os pares
de seus sonos
cansados dos dias
portas fechadas
encerram o desconforto
de decompostos corpos
portas fechadas
denunciam pelo vento
tempos de reconquistas
ao longo da noite portas
e ventos são nomes
conhecidos dos sentimentos
presos e angustiados
entre esquadrias e ares.
(Pedro Du Bois, em ARES E VENTOS, Edição do autor/2005)
batendo ao vento
acordando os pares
de seus sonos
cansados dos dias
portas fechadas
encerram o desconforto
de decompostos corpos
portas fechadas
denunciam pelo vento
tempos de reconquistas
ao longo da noite portas
e ventos são nomes
conhecidos dos sentimentos
presos e angustiados
entre esquadrias e ares.
(Pedro Du Bois, em ARES E VENTOS, Edição do autor/2005)
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
Letras et cetera
A Diferença entre os Dias, em:
http://nanquin.blogspot.com.br/2016/08/a-diferenca-entre-os-dias.html
http://nanquin.blogspot.com.br/2016/08/a-diferenca-entre-os-dias.html
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
O SENHOR DAS ESTÁTUAS
II
Deixa
inerme
e disforme
o material.
Não trabalha a pedra
transportada em sonhos
não arranca a árvore
na seiva conservada
não transforma o todo
em nada renovado:
ao deixar como estava
permite a continuidade do concreto
despersonalizado.
(Pedro Du Bois, em O SENHOR DAS ESTÁTUAS; Penalux, 2013)
terça-feira, 9 de agosto de 2016
Vale em Versos
II - O Objeto Recomeçado, em:
http://valeemversos.blogspot.com.br/2016/08/ii-o-objeto-recomecado.html
http://valeemversos.blogspot.com.br/2016/08/ii-o-objeto-recomecado.html
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
MÁGICA
I
Como verdade
costurada em corpos
nas cicatrizes
pensa o princípio
o espinho
rasga a pele
presente
na pétala
macia
suave
do futuro
refletido
no vidro
rascante
do vinho seco
a verdade repete sua mágica
e mitos jazem incompletos.
(Pedro Du Bois, em A PERSONIFICAÇÃO NA MÁSCARA,
edição do autor, 2012)
Como verdade
costurada em corpos
nas cicatrizes
pensa o princípio
o espinho
rasga a pele
presente
na pétala
macia
suave
do futuro
refletido
no vidro
rascante
do vinho seco
a verdade repete sua mágica
e mitos jazem incompletos.
(Pedro Du Bois, em A PERSONIFICAÇÃO NA MÁSCARA,
edição do autor, 2012)
sábado, 6 de agosto de 2016
HOSPEDAGEM
Ao hóspede cabe o privilégio
de ser tratado como proprietário
e de participar dos atos da casa
aos de casa cabe o dever
de providenciar ao hóspede
cópia das instruções não escritas
no relato impreciso dos destaques.
(Pedro Du Bois, inédito)
de ser tratado como proprietário
e de participar dos atos da casa
aos de casa cabe o dever
de providenciar ao hóspede
cópia das instruções não escritas
no relato impreciso dos destaques.
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 5 de agosto de 2016
Revista Cerrado Cultural
Strength and Power, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/strength-and-power.html
Força e Poder, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/forca-e-poder.html
Recall, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/recall.html
Relembrar, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/relembrar.html
Latest, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/latest.html
Últimas, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/ultimas.html
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/strength-and-power.html
Força e Poder, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/forca-e-poder.html
Recall, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/recall.html
Relembrar, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/relembrar.html
Latest, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/latest.html
Últimas, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/ultimas.html
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
Isla Negra 427 y navegaciones 102
Pedro Du Bois
Brasil
Historias
(Introduz na história
o conto: épico
reescrito
em prosa)
no alvorecer da idade
trava sua face aos monstros:
a sucessão dos horrores
interrompe a palavra
(reduz a história no relato
sobre as condições
dos detratores e da traição)
ao alvorecer do dia
desnuda o corpo
em batalhas.
quarta-feira, 3 de agosto de 2016
ORIGENS
A dúvida
avassala a mente
mente ao corpo
exercícios imperfeitos
defeitos são presentes
retirados ao que me resta
como vida
(ávido) retenho em sonhos
a resposta
apostas aumentam
a sensação esvaziada
na desconstrução
necessária ao ócio.
(Pedro Du Bois, inédito)
avassala a mente
mente ao corpo
exercícios imperfeitos
defeitos são presentes
retirados ao que me resta
como vida
(ávido) retenho em sonhos
a resposta
apostas aumentam
a sensação esvaziada
na desconstrução
necessária ao ócio.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 2 de agosto de 2016
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
LÍQUIDOS
Após o dilúvio
sob a vinha
dorme o homem
do barco
bêbado
sonha o dilúvio
no trabalho de armar
o barco
na embarcação
das espécies
no providenciar
mantimentos
para quarenta dias
acorda sedento
com dor de cabeça.
(Pedro Du Bois, inédito)
sob a vinha
dorme o homem
do barco
bêbado
sonha o dilúvio
no trabalho de armar
o barco
na embarcação
das espécies
no providenciar
mantimentos
para quarenta dias
acorda sedento
com dor de cabeça.
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 30 de julho de 2016
POVO
Rostos diversos
opacos em visões
circulares
circundam
(vão e voltam)
bandeiras intercaladas
irreconhecíveis
em mesmos
e tantos
outros
rostos dispersos
em segredos
não revelados
repetem o canto
e fazem coro
diverso ao acontecimento.
(Pedro Du Bois, inédito)
opacos em visões
circulares
circundam
(vão e voltam)
bandeiras intercaladas
irreconhecíveis
em mesmos
e tantos
outros
rostos dispersos
em segredos
não revelados
repetem o canto
e fazem coro
diverso ao acontecimento.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 28 de julho de 2016
MUNDOS
Concedo ao medo a dúvida
de ser o gesto despossuído
na evidência em busca da prova
existencial do modo primitivo
de me dizer liberto e vivo.
Na ambição o tolo
repete fórmulas e o mundo
permanece em silêncio.
(Pedro Du Bois, inédito)
(alterado em 29.07.2016 e em 30.07.2016)
de ser o gesto despossuído
na evidência em busca da prova
existencial do modo primitivo
de me dizer liberto e vivo.
Na ambição o tolo
repete fórmulas e o mundo
permanece em silêncio.
(Pedro Du Bois, inédito)
(alterado em 29.07.2016 e em 30.07.2016)
quarta-feira, 27 de julho de 2016
terça-feira, 26 de julho de 2016
CONSERVAR
Observa o caminho
em cada bifurcação
escolhe a volta
não se perde em alegorias
de novas receitas: recusa a prova
segue em frente: lados
não se encontram na lateralidade
que inibe a passagem
o novo pede o tempo preciso
ao controle das evidências: abstêm-se
das novidades: o velho é essência
a revolta pela vida acalma
ventos interiores: seu o corpo
descansado entre as flores.
(Pedro Du Bois, inédito)
em cada bifurcação
escolhe a volta
não se perde em alegorias
de novas receitas: recusa a prova
segue em frente: lados
não se encontram na lateralidade
que inibe a passagem
o novo pede o tempo preciso
ao controle das evidências: abstêm-se
das novidades: o velho é essência
a revolta pela vida acalma
ventos interiores: seu o corpo
descansado entre as flores.
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 25 de julho de 2016
domingo, 24 de julho de 2016
CONDENAR
Ao condenado
os olhos cegos
do mundo
a sociedade
saciada
remove o corpo
e o enterra
a civilização desterrada
mostra suas garras
o condenado (re)conhece
seu passado.
(Pedro Du Bois, inédito)
os olhos cegos
do mundo
a sociedade
saciada
remove o corpo
e o enterra
a civilização desterrada
mostra suas garras
o condenado (re)conhece
seu passado.
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 23 de julho de 2016
sexta-feira, 22 de julho de 2016
SOMBRAS
O planeta interposto
não permite ao satélite
opaco
a luz solar
(a sombra revelada
em cores noturnas)
o planeta na noite do encontro
revelado - morto - ao oposto
(a sombra ilude
cores sombrias)
o planeta repete o giro
no se afastar
e deixa o satélite
reposto na luz estelar
(a sombra colocada
além do lado brilhante)
o planeta não conhece o próximo
passo na escuridão espacial.
(Pedro Du Bois, inédito)
não permite ao satélite
opaco
a luz solar
(a sombra revelada
em cores noturnas)
o planeta na noite do encontro
revelado - morto - ao oposto
(a sombra ilude
cores sombrias)
o planeta repete o giro
no se afastar
e deixa o satélite
reposto na luz estelar
(a sombra colocada
além do lado brilhante)
o planeta não conhece o próximo
passo na escuridão espacial.
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 20 de julho de 2016
VISITAR
Recebo a visita
de quem se apresenta
e cobra a minha ida
há preço
motivo
sentido em vir
até mim no dizer
com olhos baixos
baços
a sua verdade
ente arremessado ao largo
barco largado no saber
o refulgir das águas
revolvidas em terras
originais
a visita se despede: leva
o sossego em que me vejo sabedor
do próximo espaço
próximo passo
no apagar das luzes.
(Pedro Du Bois, inédito)
de quem se apresenta
e cobra a minha ida
há preço
motivo
sentido em vir
até mim no dizer
com olhos baixos
baços
a sua verdade
ente arremessado ao largo
barco largado no saber
o refulgir das águas
revolvidas em terras
originais
a visita se despede: leva
o sossego em que me vejo sabedor
do próximo espaço
próximo passo
no apagar das luzes.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 19 de julho de 2016
segunda-feira, 18 de julho de 2016
AMARRAS
Reforça as amarras
no cais fica o barco
fundeado na praia
revolta em ondas
na noite
reforça as amarras
sabe que o bote
aguarda o retorno
faz de conta estar no barco
à deriva: sentimentos entre lágrimas
e sorrisos
refaz os amares: desfeito
na espera derradeira
o barco flutua águas paradas
amarras incorporam o continente.
(Pedro Du Bois, inédito)
no cais fica o barco
fundeado na praia
revolta em ondas
na noite
reforça as amarras
sabe que o bote
aguarda o retorno
faz de conta estar no barco
à deriva: sentimentos entre lágrimas
e sorrisos
refaz os amares: desfeito
na espera derradeira
o barco flutua águas paradas
amarras incorporam o continente.
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 17 de julho de 2016
sábado, 16 de julho de 2016
CÃES
O cão ladrando o escuro
assusta o ladrão ecoando
sussurros entre muros
noites se importam com cores
reduzidas em olhos desacostumados
o cão arisco busca no escuro
o vulto que se esgueira: late
a vontade do reconhecimento
o medo do imponderável
a angústia de ser cão preso
no espaço da escuridão
diferentes seres estiveram por aqui
e deixaram seus ossos depositados
: tesouros desenterrados aos cães
que ladram noites anteriores
o cão ladra a desconfiança
pelo cheiro despossuído
da vingança: sabe da ancestralidade
em cada metro do terreno.
(Pedro Du Bois, inédito)
assusta o ladrão ecoando
sussurros entre muros
noites se importam com cores
reduzidas em olhos desacostumados
o cão arisco busca no escuro
o vulto que se esgueira: late
a vontade do reconhecimento
o medo do imponderável
a angústia de ser cão preso
no espaço da escuridão
diferentes seres estiveram por aqui
e deixaram seus ossos depositados
: tesouros desenterrados aos cães
que ladram noites anteriores
o cão ladra a desconfiança
pelo cheiro despossuído
da vingança: sabe da ancestralidade
em cada metro do terreno.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 14 de julho de 2016
HERZOG
Olha a terra
em imagens
guardadas
na nostalgia
com que lembra
a textura
a doçura
o reconhecer a casa
no rememorar o riso
siso
juízo
feito na ternura
da luta: objetivo
transposto em letras
de palavras em composto texto
não alcança a grade que cerca
a alta janela do cubículo
fechado em exílios no engano
das lembranças.
(Pedro Du Bois, inédito)
em imagens
guardadas
na nostalgia
com que lembra
a textura
a doçura
o reconhecer a casa
no rememorar o riso
siso
juízo
feito na ternura
da luta: objetivo
transposto em letras
de palavras em composto texto
não alcança a grade que cerca
a alta janela do cubículo
fechado em exílios no engano
das lembranças.
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 13 de julho de 2016
translation by Helena Dias
"Speaking"
I do not remember what we talked about
when we thought futures
when we dreamt conquests
when we knew where we were
then
feet on the ground
feet in shoes worn
by the required use
of displacements
the future traces
curves: further
the drizzling rain
wets bodies
on useless
thoughts
* errei ao atribuir a versão ao Keri, infelizmente. peço desculpas a todos.
I do not remember what we talked about
when we thought futures
when we dreamt conquests
when we knew where we were
then
feet on the ground
feet in shoes worn
by the required use
of displacements
the future traces
curves: further
the drizzling rain
wets bodies
on useless
thoughts
* errei ao atribuir a versão ao Keri, infelizmente. peço desculpas a todos.