Finais/Finales, em:
http://www.meiotom.art.br/dupo16stop.htm
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
terça-feira, 30 de agosto de 2016
RENOVAÇÃO
Ao que se renova
no gosto da redescoberta
águas movimentam
o alheio instante no fortuito
toque de guitarra
na renovação o reencontro
em gestos aparados
sabe do retorno
no todo feito sentido
o preconceito se revigora na estupidez
do acobertamento dos nomes apostos
em velhos hábitos: mando e obediência
não se renova a esperança
incorporada em antigos
determinismos lembrados.
(Pedro Du Bois, inédito)
no gosto da redescoberta
águas movimentam
o alheio instante no fortuito
toque de guitarra
na renovação o reencontro
em gestos aparados
sabe do retorno
no todo feito sentido
o preconceito se revigora na estupidez
do acobertamento dos nomes apostos
em velhos hábitos: mando e obediência
não se renova a esperança
incorporada em antigos
determinismos lembrados.
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 28 de agosto de 2016
AS COISAS
Quantidade medida
em braças
(distâncias em abraços
circunflexos)
na volta
o fio escapa ao controle
e a faísca
queima: a variedade
estende os braços
nos limites da peça
(distâncias em segredos
confessados)
no retorno espero encontrar
as coisas nos mesmos lugares
por onde passa a música
no carro dos turistas
a totalidade despreza
o embaraço
em que se enraíza.
(Pedro Du Bois, inédito)
em braças
(distâncias em abraços
circunflexos)
na volta
o fio escapa ao controle
e a faísca
queima: a variedade
estende os braços
nos limites da peça
(distâncias em segredos
confessados)
no retorno espero encontrar
as coisas nos mesmos lugares
por onde passa a música
no carro dos turistas
a totalidade despreza
o embaraço
em que se enraíza.
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 27 de agosto de 2016
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
TEMPOS
(absoluto) tempo adjetivado na sonorização
da gravidade: o vácuo seca as palavras
e as devolve em gestos de fatuidade
o tempo teima nossa permanência
fosse equação matemática: número
resfriado de repetições indolores
peso carregado
multiplicado
na incerteza
de querer estar
o tempo assenhora-se do vácuo transmitido
aos estáticos seres: assumimos as formas
de onde estamos e nos recolhemos em paisagem
dos números abstraímos sentidos
com que a vida nos divide
(absoluto) o tempo decorre sua sentença
no calar a nossa voz: fecha nossos olhos
na efemeridade recontada ao instante
(Pedro Du Bois, inédito)
da gravidade: o vácuo seca as palavras
e as devolve em gestos de fatuidade
o tempo teima nossa permanência
fosse equação matemática: número
resfriado de repetições indolores
peso carregado
multiplicado
na incerteza
de querer estar
o tempo assenhora-se do vácuo transmitido
aos estáticos seres: assumimos as formas
de onde estamos e nos recolhemos em paisagem
dos números abstraímos sentidos
com que a vida nos divide
(absoluto) o tempo decorre sua sentença
no calar a nossa voz: fecha nossos olhos
na efemeridade recontada ao instante
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 25 de agosto de 2016
SEGREDO
o segredo desvendado
reduz o fato ao mistério anterior
revelações instrumentalizam
raízes apagadas em corpos decompostos
no horror desinstalado
pela luz do dia
de permanentes horas
úteis nas jornadas
nada além do estreito termo
onde apomos nossa assinatura
resta o aval
a fiança
a concordância formal
do selo: a estampa
(Pedro Du Bois, inédito)
reduz o fato ao mistério anterior
revelações instrumentalizam
raízes apagadas em corpos decompostos
no horror desinstalado
pela luz do dia
de permanentes horas
úteis nas jornadas
nada além do estreito termo
onde apomos nossa assinatura
resta o aval
a fiança
a concordância formal
do selo: a estampa
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
NÃO SER
Fujo ao contato: no isolamento
procuro o reflexo em que a imagem
se consubstancia: nada se mostra
na escura vida ignorada
o contato é a forma humana
dos encontros no lampejo
da minha memória.
(Pedro Du Bois, inédito)
procuro o reflexo em que a imagem
se consubstancia: nada se mostra
na escura vida ignorada
o contato é a forma humana
dos encontros no lampejo
da minha memória.
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 21 de agosto de 2016
sábado, 20 de agosto de 2016
CAMINHOS
Não me amedrontam
labirintos (inatingíveis
inexpugnáveis)
diversos minotauros
me subjugam
em ambivalências
a mim assustam fios
destecidos no não ouvir
outras vozes na diversidade
dos caminhos.
(Pedro Du Bois, inédito)
labirintos (inatingíveis
inexpugnáveis)
diversos minotauros
me subjugam
em ambivalências
a mim assustam fios
destecidos no não ouvir
outras vozes na diversidade
dos caminhos.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
TESTEMUNHA
revejo a cena
no fundo da garagem
olhos vermelhos
brilhantes
o pequeno demônio
no pátio
indiferentes
garotos jogando
bola
sou único
testemunho
(Pedro Du Bois, em REENCAMINHADO, Edição do autor/2005)
no fundo da garagem
olhos vermelhos
brilhantes
o pequeno demônio
no pátio
indiferentes
garotos jogando
bola
sou único
testemunho
(Pedro Du Bois, em REENCAMINHADO, Edição do autor/2005)
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
terça-feira, 16 de agosto de 2016
APRENDENDO A VOLTAR
I
aprendo a voltar
e me perco
em recordações:
passado
petrificado
em passos
retornos
fechados
em acasos
aprendo ser a volta
o pior do encontro
rasgo instantâneo
do corpo
ao mistério.
(Pedro Du Bois, em APRENDENDO A VOLTAR, Edição do autor/2006)
domingo, 14 de agosto de 2016
ANDAR
Liga a televisão não assiste a nada
troca de canal como muda de vida
hoje bem amanhã quem sabe
morto está assim lhe vejam
continua na procura que perdura
escolhe nos dedos o pior programa
não tem a quem esquentar a cama
pássaro ferido congelado na lama
encontra fácil o que perdeu
é alfaiate a provar o terno
tenso pedaço espicaça o resto
ossos duros estalam na pressa
no horizonte da tela plana
herói: para nada anda.
(Pedro Du Bois, em PASSAGEM PLURAL, Edição do autor/2004)
troca de canal como muda de vida
hoje bem amanhã quem sabe
morto está assim lhe vejam
continua na procura que perdura
escolhe nos dedos o pior programa
não tem a quem esquentar a cama
pássaro ferido congelado na lama
encontra fácil o que perdeu
é alfaiate a provar o terno
tenso pedaço espicaça o resto
ossos duros estalam na pressa
no horizonte da tela plana
herói: para nada anda.
(Pedro Du Bois, em PASSAGEM PLURAL, Edição do autor/2004)
sexta-feira, 12 de agosto de 2016
PORTAS E VENTOS
Onde estão as portas
batendo ao vento
acordando os pares
de seus sonos
cansados dos dias
portas fechadas
encerram o desconforto
de decompostos corpos
portas fechadas
denunciam pelo vento
tempos de reconquistas
ao longo da noite portas
e ventos são nomes
conhecidos dos sentimentos
presos e angustiados
entre esquadrias e ares.
(Pedro Du Bois, em ARES E VENTOS, Edição do autor/2005)
batendo ao vento
acordando os pares
de seus sonos
cansados dos dias
portas fechadas
encerram o desconforto
de decompostos corpos
portas fechadas
denunciam pelo vento
tempos de reconquistas
ao longo da noite portas
e ventos são nomes
conhecidos dos sentimentos
presos e angustiados
entre esquadrias e ares.
(Pedro Du Bois, em ARES E VENTOS, Edição do autor/2005)
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
Letras et cetera
A Diferença entre os Dias, em:
http://nanquin.blogspot.com.br/2016/08/a-diferenca-entre-os-dias.html
http://nanquin.blogspot.com.br/2016/08/a-diferenca-entre-os-dias.html
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
O SENHOR DAS ESTÁTUAS
II
Deixa
inerme
e disforme
o material.
Não trabalha a pedra
transportada em sonhos
não arranca a árvore
na seiva conservada
não transforma o todo
em nada renovado:
ao deixar como estava
permite a continuidade do concreto
despersonalizado.
(Pedro Du Bois, em O SENHOR DAS ESTÁTUAS; Penalux, 2013)
terça-feira, 9 de agosto de 2016
Vale em Versos
II - O Objeto Recomeçado, em:
http://valeemversos.blogspot.com.br/2016/08/ii-o-objeto-recomecado.html
http://valeemversos.blogspot.com.br/2016/08/ii-o-objeto-recomecado.html
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
MÁGICA
I
Como verdade
costurada em corpos
nas cicatrizes
pensa o princípio
o espinho
rasga a pele
presente
na pétala
macia
suave
do futuro
refletido
no vidro
rascante
do vinho seco
a verdade repete sua mágica
e mitos jazem incompletos.
(Pedro Du Bois, em A PERSONIFICAÇÃO NA MÁSCARA,
edição do autor, 2012)
Como verdade
costurada em corpos
nas cicatrizes
pensa o princípio
o espinho
rasga a pele
presente
na pétala
macia
suave
do futuro
refletido
no vidro
rascante
do vinho seco
a verdade repete sua mágica
e mitos jazem incompletos.
(Pedro Du Bois, em A PERSONIFICAÇÃO NA MÁSCARA,
edição do autor, 2012)
sábado, 6 de agosto de 2016
HOSPEDAGEM
Ao hóspede cabe o privilégio
de ser tratado como proprietário
e de participar dos atos da casa
aos de casa cabe o dever
de providenciar ao hóspede
cópia das instruções não escritas
no relato impreciso dos destaques.
(Pedro Du Bois, inédito)
de ser tratado como proprietário
e de participar dos atos da casa
aos de casa cabe o dever
de providenciar ao hóspede
cópia das instruções não escritas
no relato impreciso dos destaques.
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 5 de agosto de 2016
Revista Cerrado Cultural
Strength and Power, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/strength-and-power.html
Força e Poder, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/forca-e-poder.html
Recall, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/recall.html
Relembrar, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/relembrar.html
Latest, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/latest.html
Últimas, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/ultimas.html
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/strength-and-power.html
Força e Poder, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/forca-e-poder.html
Recall, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/recall.html
Relembrar, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/relembrar.html
Latest, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/latest.html
Últimas, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/08/ultimas.html
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
Isla Negra 427 y navegaciones 102
Pedro Du Bois
Brasil
Historias
(Introduz na história
o conto: épico
reescrito
em prosa)
no alvorecer da idade
trava sua face aos monstros:
a sucessão dos horrores
interrompe a palavra
(reduz a história no relato
sobre as condições
dos detratores e da traição)
ao alvorecer do dia
desnuda o corpo
em batalhas.
quarta-feira, 3 de agosto de 2016
ORIGENS
A dúvida
avassala a mente
mente ao corpo
exercícios imperfeitos
defeitos são presentes
retirados ao que me resta
como vida
(ávido) retenho em sonhos
a resposta
apostas aumentam
a sensação esvaziada
na desconstrução
necessária ao ócio.
(Pedro Du Bois, inédito)
avassala a mente
mente ao corpo
exercícios imperfeitos
defeitos são presentes
retirados ao que me resta
como vida
(ávido) retenho em sonhos
a resposta
apostas aumentam
a sensação esvaziada
na desconstrução
necessária ao ócio.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 2 de agosto de 2016
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
LÍQUIDOS
Após o dilúvio
sob a vinha
dorme o homem
do barco
bêbado
sonha o dilúvio
no trabalho de armar
o barco
na embarcação
das espécies
no providenciar
mantimentos
para quarenta dias
acorda sedento
com dor de cabeça.
(Pedro Du Bois, inédito)
sob a vinha
dorme o homem
do barco
bêbado
sonha o dilúvio
no trabalho de armar
o barco
na embarcação
das espécies
no providenciar
mantimentos
para quarenta dias
acorda sedento
com dor de cabeça.
(Pedro Du Bois, inédito)