Força e Poder, em:
http://www.meiotom.art.br/dupo16poder.htm
sábado, 30 de julho de 2016
POVO
Rostos diversos
opacos em visões
circulares
circundam
(vão e voltam)
bandeiras intercaladas
irreconhecíveis
em mesmos
e tantos
outros
rostos dispersos
em segredos
não revelados
repetem o canto
e fazem coro
diverso ao acontecimento.
(Pedro Du Bois, inédito)
opacos em visões
circulares
circundam
(vão e voltam)
bandeiras intercaladas
irreconhecíveis
em mesmos
e tantos
outros
rostos dispersos
em segredos
não revelados
repetem o canto
e fazem coro
diverso ao acontecimento.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 28 de julho de 2016
MUNDOS
Concedo ao medo a dúvida
de ser o gesto despossuído
na evidência em busca da prova
existencial do modo primitivo
de me dizer liberto e vivo.
Na ambição o tolo
repete fórmulas e o mundo
permanece em silêncio.
(Pedro Du Bois, inédito)
(alterado em 29.07.2016 e em 30.07.2016)
de ser o gesto despossuído
na evidência em busca da prova
existencial do modo primitivo
de me dizer liberto e vivo.
Na ambição o tolo
repete fórmulas e o mundo
permanece em silêncio.
(Pedro Du Bois, inédito)
(alterado em 29.07.2016 e em 30.07.2016)
quarta-feira, 27 de julho de 2016
terça-feira, 26 de julho de 2016
CONSERVAR
Observa o caminho
em cada bifurcação
escolhe a volta
não se perde em alegorias
de novas receitas: recusa a prova
segue em frente: lados
não se encontram na lateralidade
que inibe a passagem
o novo pede o tempo preciso
ao controle das evidências: abstêm-se
das novidades: o velho é essência
a revolta pela vida acalma
ventos interiores: seu o corpo
descansado entre as flores.
(Pedro Du Bois, inédito)
em cada bifurcação
escolhe a volta
não se perde em alegorias
de novas receitas: recusa a prova
segue em frente: lados
não se encontram na lateralidade
que inibe a passagem
o novo pede o tempo preciso
ao controle das evidências: abstêm-se
das novidades: o velho é essência
a revolta pela vida acalma
ventos interiores: seu o corpo
descansado entre as flores.
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 25 de julho de 2016
domingo, 24 de julho de 2016
CONDENAR
Ao condenado
os olhos cegos
do mundo
a sociedade
saciada
remove o corpo
e o enterra
a civilização desterrada
mostra suas garras
o condenado (re)conhece
seu passado.
(Pedro Du Bois, inédito)
os olhos cegos
do mundo
a sociedade
saciada
remove o corpo
e o enterra
a civilização desterrada
mostra suas garras
o condenado (re)conhece
seu passado.
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 23 de julho de 2016
sexta-feira, 22 de julho de 2016
SOMBRAS
O planeta interposto
não permite ao satélite
opaco
a luz solar
(a sombra revelada
em cores noturnas)
o planeta na noite do encontro
revelado - morto - ao oposto
(a sombra ilude
cores sombrias)
o planeta repete o giro
no se afastar
e deixa o satélite
reposto na luz estelar
(a sombra colocada
além do lado brilhante)
o planeta não conhece o próximo
passo na escuridão espacial.
(Pedro Du Bois, inédito)
não permite ao satélite
opaco
a luz solar
(a sombra revelada
em cores noturnas)
o planeta na noite do encontro
revelado - morto - ao oposto
(a sombra ilude
cores sombrias)
o planeta repete o giro
no se afastar
e deixa o satélite
reposto na luz estelar
(a sombra colocada
além do lado brilhante)
o planeta não conhece o próximo
passo na escuridão espacial.
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 20 de julho de 2016
VISITAR
Recebo a visita
de quem se apresenta
e cobra a minha ida
há preço
motivo
sentido em vir
até mim no dizer
com olhos baixos
baços
a sua verdade
ente arremessado ao largo
barco largado no saber
o refulgir das águas
revolvidas em terras
originais
a visita se despede: leva
o sossego em que me vejo sabedor
do próximo espaço
próximo passo
no apagar das luzes.
(Pedro Du Bois, inédito)
de quem se apresenta
e cobra a minha ida
há preço
motivo
sentido em vir
até mim no dizer
com olhos baixos
baços
a sua verdade
ente arremessado ao largo
barco largado no saber
o refulgir das águas
revolvidas em terras
originais
a visita se despede: leva
o sossego em que me vejo sabedor
do próximo espaço
próximo passo
no apagar das luzes.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 19 de julho de 2016
segunda-feira, 18 de julho de 2016
AMARRAS
Reforça as amarras
no cais fica o barco
fundeado na praia
revolta em ondas
na noite
reforça as amarras
sabe que o bote
aguarda o retorno
faz de conta estar no barco
à deriva: sentimentos entre lágrimas
e sorrisos
refaz os amares: desfeito
na espera derradeira
o barco flutua águas paradas
amarras incorporam o continente.
(Pedro Du Bois, inédito)
no cais fica o barco
fundeado na praia
revolta em ondas
na noite
reforça as amarras
sabe que o bote
aguarda o retorno
faz de conta estar no barco
à deriva: sentimentos entre lágrimas
e sorrisos
refaz os amares: desfeito
na espera derradeira
o barco flutua águas paradas
amarras incorporam o continente.
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 17 de julho de 2016
sábado, 16 de julho de 2016
CÃES
O cão ladrando o escuro
assusta o ladrão ecoando
sussurros entre muros
noites se importam com cores
reduzidas em olhos desacostumados
o cão arisco busca no escuro
o vulto que se esgueira: late
a vontade do reconhecimento
o medo do imponderável
a angústia de ser cão preso
no espaço da escuridão
diferentes seres estiveram por aqui
e deixaram seus ossos depositados
: tesouros desenterrados aos cães
que ladram noites anteriores
o cão ladra a desconfiança
pelo cheiro despossuído
da vingança: sabe da ancestralidade
em cada metro do terreno.
(Pedro Du Bois, inédito)
assusta o ladrão ecoando
sussurros entre muros
noites se importam com cores
reduzidas em olhos desacostumados
o cão arisco busca no escuro
o vulto que se esgueira: late
a vontade do reconhecimento
o medo do imponderável
a angústia de ser cão preso
no espaço da escuridão
diferentes seres estiveram por aqui
e deixaram seus ossos depositados
: tesouros desenterrados aos cães
que ladram noites anteriores
o cão ladra a desconfiança
pelo cheiro despossuído
da vingança: sabe da ancestralidade
em cada metro do terreno.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 14 de julho de 2016
HERZOG
Olha a terra
em imagens
guardadas
na nostalgia
com que lembra
a textura
a doçura
o reconhecer a casa
no rememorar o riso
siso
juízo
feito na ternura
da luta: objetivo
transposto em letras
de palavras em composto texto
não alcança a grade que cerca
a alta janela do cubículo
fechado em exílios no engano
das lembranças.
(Pedro Du Bois, inédito)
em imagens
guardadas
na nostalgia
com que lembra
a textura
a doçura
o reconhecer a casa
no rememorar o riso
siso
juízo
feito na ternura
da luta: objetivo
transposto em letras
de palavras em composto texto
não alcança a grade que cerca
a alta janela do cubículo
fechado em exílios no engano
das lembranças.
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 13 de julho de 2016
translation by Helena Dias
"Speaking"
I do not remember what we talked about
when we thought futures
when we dreamt conquests
when we knew where we were
then
feet on the ground
feet in shoes worn
by the required use
of displacements
the future traces
curves: further
the drizzling rain
wets bodies
on useless
thoughts
* errei ao atribuir a versão ao Keri, infelizmente. peço desculpas a todos.
I do not remember what we talked about
when we thought futures
when we dreamt conquests
when we knew where we were
then
feet on the ground
feet in shoes worn
by the required use
of displacements
the future traces
curves: further
the drizzling rain
wets bodies
on useless
thoughts
* errei ao atribuir a versão ao Keri, infelizmente. peço desculpas a todos.
terça-feira, 12 de julho de 2016
FALAR
não lembro sobre o que falávamos
ao pensarmos futuros
ao sonharmos conquistas
ao sabermos onde estávamos
então
pés no chão
pés em sapatos gastos
no uso necessário
dos deslocamentos
o futuro traça
curvas: além
a chuva miúda
molha corpos
em inúteis
pensamentos
(Pedro Du Bois, inédito)
ao pensarmos futuros
ao sonharmos conquistas
ao sabermos onde estávamos
então
pés no chão
pés em sapatos gastos
no uso necessário
dos deslocamentos
o futuro traça
curvas: além
a chuva miúda
molha corpos
em inúteis
pensamentos
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 10 de julho de 2016
MEDOS
Além do desespero
o medo
transforma homens
em seres inanimados
a morte reparte desgraças
entre os presentes
a quem se ausenta
resta
o espaço
desocupado
onde medra
o desespero
de quem fica
(nem sempre notícias trazem a vida
ensaiada em passos: a bifurcação
estabelece áreas de conflito).
(Pedro Du Bois, inédito)
o medo
transforma homens
em seres inanimados
a morte reparte desgraças
entre os presentes
a quem se ausenta
resta
o espaço
desocupado
onde medra
o desespero
de quem fica
(nem sempre notícias trazem a vida
ensaiada em passos: a bifurcação
estabelece áreas de conflito).
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 9 de julho de 2016
sexta-feira, 8 de julho de 2016
ESCOMBROS
Retiro dos escombros
a sobra e a reaproveito
em novos escambos
vidas inimagináveis
abertas em construídos
vazios de descobertas
honra consagrada em derrotas
na glória inalcançável
ao nada sucedido
sucateada vida reposta
em respostas ignoradas
aguardo acontecer outra queda
e dela não retirar mais nada.
(Pedro Du Bois, inédito)
a sobra e a reaproveito
em novos escambos
vidas inimagináveis
abertas em construídos
vazios de descobertas
honra consagrada em derrotas
na glória inalcançável
ao nada sucedido
sucateada vida reposta
em respostas ignoradas
aguardo acontecer outra queda
e dela não retirar mais nada.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 7 de julho de 2016
quarta-feira, 6 de julho de 2016
CONDIÇÕES
(Sempre assim)
o eixo
o giro
a oscilação imperceptível
gera a estática
na forma consagrada
sobre a terra
a água
o ar
na volatilidade dos elementos
a duração do corpo
exposto ao tempo
(na política o homem adota princípios
contrários ao artista na efemeridade
da sua passagem)
a natureza embebida
em goles e passos
permanece.
(Pedro Du Bois, inédito)
o eixo
o giro
a oscilação imperceptível
gera a estática
na forma consagrada
sobre a terra
a água
o ar
na volatilidade dos elementos
a duração do corpo
exposto ao tempo
(na política o homem adota princípios
contrários ao artista na efemeridade
da sua passagem)
a natureza embebida
em goles e passos
permanece.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 5 de julho de 2016
segunda-feira, 4 de julho de 2016
NOTÍCIAS
Na página disponível
da revista
cravo os olhos
olho
o sentido da notícia
refaço o olfato em busca da incompreensão
no texto: a verdade averbada em poucas
palavras de constância onde leituras
perambulam tempos acobertados
(o passado emerge na sombra
do enforcado: sei de quem
se trata: sabia
naquele dia
mês
e ano)
desfaço minha leitura no descansar
os olhos sobre a página: a revista cai
- escorrega - das minhas mãos estáticas.
(Pedro Du Bois, inédito)
da revista
cravo os olhos
olho
o sentido da notícia
refaço o olfato em busca da incompreensão
no texto: a verdade averbada em poucas
palavras de constância onde leituras
perambulam tempos acobertados
(o passado emerge na sombra
do enforcado: sei de quem
se trata: sabia
naquele dia
mês
e ano)
desfaço minha leitura no descansar
os olhos sobre a página: a revista cai
- escorrega - das minhas mãos estáticas.
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 2 de julho de 2016
HABITAR
Habito o corpo
desde cedo
na hora tardia
do desenlace
sou novamente
livre:
o hábito me mantém preso
no acaso: na cisma prenunciada
do ocaso cinzas são jogadas
na libertação do espírito
trânsfuga destinado em acordos
cedo ao cansaço: retenho no gesto
o corpo caído
derrotado
em retirado sopro
o esquecer participa da cena
que aos espíritos não cabem razões
para chorar corpos (ainda) habitados.
(Pedro Du Bois, inédito)
desde cedo
na hora tardia
do desenlace
sou novamente
livre:
o hábito me mantém preso
no acaso: na cisma prenunciada
do ocaso cinzas são jogadas
na libertação do espírito
trânsfuga destinado em acordos
cedo ao cansaço: retenho no gesto
o corpo caído
derrotado
em retirado sopro
o esquecer participa da cena
que aos espíritos não cabem razões
para chorar corpos (ainda) habitados.
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 1 de julho de 2016
Revista Cerrado Cultural
Substance, versão de Marina Du Bois, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/07/substance.html
Matéria, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/07/materia.html
Times, versão de Marina Du Bois, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/07/times.html
Tempos, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/07/tempos.html
Retreat, versão de Marina Du Bois, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/07/retreat.html
Recuar, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/07/recuar.html
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/07/substance.html
Matéria, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/07/materia.html
Times, versão de Marina Du Bois, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/07/times.html
Tempos, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/07/tempos.html
Retreat, versão de Marina Du Bois, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/07/retreat.html
Recuar, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2016/07/recuar.html