a menor porção
aguça a fome
na fragilidade do corpo
vendido ao cativeiro
ignóbil da inapetência
como se comporta a mente
dissociada da realidade fática
onde me protejo da ritualização
amórfica da verdade
sou na carência
o ócio desprogramado
e no estar a insegurança
da água revolta na travessia
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 31 de janeiro de 2016
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
REGRESSO
Do que tratamos: regresso
onde não estivemos
de onde viemos
onde vimos a cena
decomposta
na última vez
vozes
gritos
salientes mãos
se ocupam
do passado
contrato refeito em cláusulas
alteradas no contexto
melodramático da frieza
dos números:
regresso em festa
de chegada: interminável
noite antes de chegar
ao quarto isolado
no estar presente.
(Pedro Du Bois, inédito)
onde não estivemos
de onde viemos
onde vimos a cena
decomposta
na última vez
vozes
gritos
salientes mãos
se ocupam
do passado
contrato refeito em cláusulas
alteradas no contexto
melodramático da frieza
dos números:
regresso em festa
de chegada: interminável
noite antes de chegar
ao quarto isolado
no estar presente.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
QUANDO
de quando
nada
apenas
a hora:
ressurgem vidas
implantada em úteros
círculos completados
na expansão dos corpos:
traços recomeçam
em riscos sobre
novos círculos
aumentados
do quase tudo
agora
retornos
contemplam a obra:
reafirmam vidas
despregadas
em vincos
(Pedro Du Bois, inédito)
nada
apenas
a hora:
ressurgem vidas
implantada em úteros
círculos completados
na expansão dos corpos:
traços recomeçam
em riscos sobre
novos círculos
aumentados
do quase tudo
agora
retornos
contemplam a obra:
reafirmam vidas
despregadas
em vincos
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
COMPETIÇÃO
Comemora
a vitória: transitória
a ser levada
a ser lavada
a ser superada
na água do banho
nenhuma derrota ultrapassa
o tempo entre as lutas
empates permanecem
em retiradas razões
para restar estático
em vozes não ouvidas
ao longe.
(Pedro Du Bois, inédito)
a vitória: transitória
a ser levada
a ser lavada
a ser superada
na água do banho
nenhuma derrota ultrapassa
o tempo entre as lutas
empates permanecem
em retiradas razões
para restar estático
em vozes não ouvidas
ao longe.
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 24 de janeiro de 2016
sábado, 23 de janeiro de 2016
TEMPO
Estamos juntos
no meio
entremeio
entre uma frase e outra
você se cala
se afasta
no sofá da sala
liga o televisor
em pseudas notícias
sobre astros
estrelas
em escândalos
nos desabafos
dos patrocinadores
nos mantemos afastados
ao escovarmos nos dentes
os assuntos trocados
em inexistentes diálogos.
(Pedro Du Bois, inédito)
no meio
entremeio
entre uma frase e outra
você se cala
se afasta
no sofá da sala
liga o televisor
em pseudas notícias
sobre astros
estrelas
em escândalos
nos desabafos
dos patrocinadores
nos mantemos afastados
ao escovarmos nos dentes
os assuntos trocados
em inexistentes diálogos.
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
VEZES
na primeira vez
o desdito discurso
dos ingressos
na vez seguinte
o regresso ausente
finalmente o ocaso
aceso em deserto
de intenções
seca o orvalho
sobre a flor
e a queima
na intimidade
do gesto
resta a esperança
no fazer de conta
a imagem da vontade
(Pedro Du Bois, inédito)
o desdito discurso
dos ingressos
na vez seguinte
o regresso ausente
finalmente o ocaso
aceso em deserto
de intenções
seca o orvalho
sobre a flor
e a queima
na intimidade
do gesto
resta a esperança
no fazer de conta
a imagem da vontade
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
CORES
Digo da luz assolada
no dia em que nasci
minto vermelhos
violáceos
amarelos ouro
a noite fechada em horas
aguardava a transmissão do dia
no calendário apaziguado dos adultos
mesmo assim nasci em luzes
e mantenho a perplexidade
diuturna das descobertas: sei dizer
da palidez ao opaco e do forte
ao contraforte: águas furtadas
secam horas inconclusas
digo sobre cores e não penso
tonalidades empobrecidas
no dormir o corpo
em escuros tempos.
(Pedro Du Bois, inédito)
no dia em que nasci
minto vermelhos
violáceos
amarelos ouro
a noite fechada em horas
aguardava a transmissão do dia
no calendário apaziguado dos adultos
mesmo assim nasci em luzes
e mantenho a perplexidade
diuturna das descobertas: sei dizer
da palidez ao opaco e do forte
ao contraforte: águas furtadas
secam horas inconclusas
digo sobre cores e não penso
tonalidades empobrecidas
no dormir o corpo
em escuros tempos.
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
domingo, 17 de janeiro de 2016
VIDAS
No passar
dos dias
estabelecidos
na velocidade
imposta ao planeta
na medição
das forças
interestelares
chamamos vida
ao que nos apegamos
na paisagem
na passagem
no reconhecimento
por percebermos
a matéria recomposta
em nichos de escuridão: a morte
na ambiguidade por não termos
a opção alternativa da libertação.
(Pedro Du Bois, inédito)
dos dias
estabelecidos
na velocidade
imposta ao planeta
na medição
das forças
interestelares
chamamos vida
ao que nos apegamos
na paisagem
na passagem
no reconhecimento
por percebermos
a matéria recomposta
em nichos de escuridão: a morte
na ambiguidade por não termos
a opção alternativa da libertação.
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
PODER
Não sou o encantado
em travessuras
e risos
dispersos em horizontes
abafados nos gritos contidos
na eternização da lembrança
sou comum mortal: corpo
copo
sopro
sou racional conjunto
exposto à sanha dos iguais
não sou passagem abrupta
no ronco distante de motores
acelerados em máxima potência
desencantado
retorno ao álbum
em fotografias antigas.
(Pedro Du Bois, inédito)
em travessuras
e risos
dispersos em horizontes
abafados nos gritos contidos
na eternização da lembrança
sou comum mortal: corpo
copo
sopro
sou racional conjunto
exposto à sanha dos iguais
não sou passagem abrupta
no ronco distante de motores
acelerados em máxima potência
desencantado
retorno ao álbum
em fotografias antigas.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 14 de janeiro de 2016
quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
ROCINANTES
A triste figura
permanece
nos moinhos transpostos
em torres elevadas
de glórias futuras
avanço: o cavalo
sente o compassar
expressado da batalha
meu ajudante: esquecido ser
secundário nas respostas
contra as torres grito
e não tenho resposta
ao toque do telefone
móvel.
(Pedro Du Bois, inédito)
permanece
nos moinhos transpostos
em torres elevadas
de glórias futuras
avanço: o cavalo
sente o compassar
expressado da batalha
meu ajudante: esquecido ser
secundário nas respostas
contra as torres grito
e não tenho resposta
ao toque do telefone
móvel.
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
MORTE
se quem aponta a arma
dispara
a bala
atravessa
o corpo
na carne dilacerada
a vida esvaída em sangue
no impacto
rompe
órgãos
internos
a morte descaraterizada
na dor
assume o comando
e acaba
ao fenecer o corpo
de imediato
(Pedro Du Bois, inédito)
dispara
a bala
atravessa
o corpo
na carne dilacerada
a vida esvaída em sangue
no impacto
rompe
órgãos
internos
a morte descaraterizada
na dor
assume o comando
e acaba
ao fenecer o corpo
de imediato
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 10 de janeiro de 2016
sábado, 9 de janeiro de 2016
SABER
o castigo
não é desacreditar
(não poder acreditar)
o castigo
é não haver como acreditar
saber é o castigo
(Pedro Du Bois, inédito)
não é desacreditar
(não poder acreditar)
o castigo
é não haver como acreditar
saber é o castigo
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 8 de janeiro de 2016
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
VISÕES
Ao avesso
o lado se pronuncia
em recordações
e abraços
no lado direito
a cantilena
atravessa
ruas em trabalho
resido sonhos imensuráveis
no deixar a vida
por indevida
por nada
no avesso do fato
surgem versões
acrescentadas em olhos:
o direito reflui
ao primeiro ato.
(Pedro Du Bois, inédito)
o lado se pronuncia
em recordações
e abraços
no lado direito
a cantilena
atravessa
ruas em trabalho
resido sonhos imensuráveis
no deixar a vida
por indevida
por nada
no avesso do fato
surgem versões
acrescentadas em olhos:
o direito reflui
ao primeiro ato.
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
A CONFIGURAÇÃO DO ACASO
Desmedido. Não sabe do espaço
entre familiares e amigos.
A mão da amante insinuada
configurado no reabrir
da confidência.
Na tradição recuperada em sina
desanima influências e se deixa
levar ao fundo da animosidade.
A evidência confirma
regras desestruturadas:
versos reconfigurados
nos lados diversos
da moeda.(Pedro Du Bois, A CONFIGURAÇÃO DO ACASO, XVIII, edição do autor)
domingo, 3 de janeiro de 2016
TÂNIA, o livro
ensaio de William Lial, em:
http://williamlial.blogspot.com.br/2016/01/na-dualidade-o-todo.html
http://williamlial.blogspot.com.br/2016/01/na-dualidade-o-todo.html
O DESCRÉDITO E O VAZIO
Foi o último a
voltar para casa. Esperou
ser mandado
embora: recebeu comida
banho e cama.
Dormiu condenado.
Era fugitivo. Isso não contou em casa.
Sonhou imagens
recorrentes
da infância:
fábulas moralizando
histórias desencontradas.
(Antes de abrir
os olhos pediu
aos deuses por piedade).
Sua mãe serviu o
café
e lhe deu
dinheiro para o ônibus.
Choraram
abraçados.
(Pedro Du Bois, em O DESCRÉDITO E O VAZIO, 7; edição do autor, 2014)
sábado, 2 de janeiro de 2016
sexta-feira, 1 de janeiro de 2016
TV Câmara Passo Fundo
Hoje a TV Câmara recebeu uma visita especial. Os escritores Pedro e Tânia Du Bois presentearam nossa pequena biblioteca com diversos livros escritos e organizados por eles. O casal, além de escrever, também produz algumas obras artesanalmente.
Os dois autores estiveram esse ano na 29° Feira do Livro e gravaram uma participação no Programa Literatura Local, apresentado por Paulo Monteiro.
Vale em Versos
A densidade do silêncio, em:
http://valeemversos.blogspot.com.br/2016/01/a-densidade-do-silencio.html
http://valeemversos.blogspot.com.br/2016/01/a-densidade-do-silencio.html