Limites e Medidas, em:
http://nanquin.blogspot.com.br/2015/07/limites-e-medidas.html
sexta-feira, 31 de julho de 2015
quinta-feira, 30 de julho de 2015
RAREFEITOS
Aposto
andares
sobrepostos ao zênite
recolhidos
em voos
de
pássaros
dicotômicos
dos realejos
mentirosos
em bilhetes
e recados
inconclusos
dos
atos atravessados
aos
intrépidos acordes
das
cornetas metálicas
recupero
o fôlego e espaço
impropérios
que desfalecem
quedas métricas e o horror
escolhe setas acertadas
no emaranhado das histórias
o
ápice em desencontros
e o
fôlego fenece.
(Pedro Du Bois, inédito, desde Paris)
NÃO
Não há
raiva no que escrevo:
telas
abstratas desconstroem
símbolos
de dias vividos.
Não há
ódio no que digo:
palavras
impronunciadas
no
encontro anterior do corpo
encostado
ao todo esperançoso.
Nem
ecoam silêncios noturnos
de cegos
morcegos esvoaçantes
radares
desfeitos em espaços.
Não há
a presença da besta
no
ataque em que a presa
sabe
sente e consente
na
estupidez dos intervalos
erráticos
em que se transforma.
(Pedro Du Bois, inédito, desde Paris)
quarta-feira, 29 de julho de 2015
terça-feira, 28 de julho de 2015
TEMPOS MORTOS
Ao
tempo findo
a
morte é socorro
longínquo
na
falta em que o tempo
cessa acessos
ao
futuro
a morte entalha caminhos
carregados de lembranças
na
falta que deixamos aos familiares
a
morte os socorre com o mausoléu
onde depositadas
flores e pedras
na
falta que fazemos
ao
tempo não decorrido
reside
a dúvida da continuidade
em
vazios despercebidos.
(Pedro Du Bois, inédito, desde Paris)
segunda-feira, 27 de julho de 2015
domingo, 26 de julho de 2015
FALAR
Basta
falar em ensolarados dias abstraídos
de
luares esquecidos sob nuvens carregadas
de não acontecimentos para recolherem
âncoras sobrepostas ao areal pesado
soltando
pós descorados de viajantes
esquecidos
das revoltas e preços
cobrados
pelas cassandras em águas
amargas
de desconhecimentos
da
beleza retirar a mágica junção
do
intervalo anular em se saber
a
pureza e o reflexo acolhido
na
imagem acrobática
em que
o frio não prende
o
minotauro e a fera aflora cenas
descritas
nos descobrimentos.
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 25 de julho de 2015
sexta-feira, 24 de julho de 2015
LAPSOS
Passado em novas notícias
de
crimes acontecidos
sob o
sol de inverno
na luz do verão
de
onde vejo o criminoso preso
o
morto carregado
negócios desfeitos em saudades
comercializadas
você
na rua no dia de hoje
e não
sinto vontade de me aproximar
e
dizer bom dia
o
passado é ordem reprimida
no ato: corpo morto no desassossego
do quarto de dormir.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 23 de julho de 2015
quarta-feira, 22 de julho de 2015
ALTERNATIVAS
Alternativas
bifurcam caminhos
na
indecisão trazida do seio materno
não
renascidas na oportunidade
estética do recomeço
apago impressões
deixadas
e me acompanho em
novas caminhadas
por
minha conta e responsabilidade
não
retorno ao aconchego
e na
escuridão do tempo
me
permito escolhas
(descompromissadas)
a pista transposta
repousa na imensidão
da memória.
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 20 de julho de 2015
VULTO
O
inconsentido vulto
revê ultrapassadas
barreiras
em corpos iguais
aos
que povoam calçadas
de rostos
desesperançados
nas
mãos que os alentam
o
vulto se retrai no escuro
canto que
em vão lamenta
e observa
com olhos
tementes
de responsabilidade
a
consentida humanidade
maniqueísta
na reprovação
do
desconsolo irreal
longo
vulto recolhido no desencanto
do reconhecimento.
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 19 de julho de 2015
sábado, 18 de julho de 2015
BELO
o hedonismo esteriliza
ao externar conceitos
de
beleza
enfeia
em
belos corpos
em
lindos lances
em
maravilhosas palavras
de
romances
a
imagem como máscara
mascara o belo
inexistente
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 17 de julho de 2015
quinta-feira, 16 de julho de 2015
INTERVALOS
Vivo intervalos ao sentir
seus olhos distanciados
cubro espelhos em minha casa
sem reflexo trato meu trajeto
em inflexões e cumprimentos
intervalos devoram suas presas
em pagamentos espúrios
das sobrevivências anômalas
com que minotauros choram
culpas não solicitadas
do início ao tempo (a)final
dos movimentos sigo a sombra
em lentos passos na completeza
dos intervalos: sonhos acompanham
o corpo no trajeto.
(Pedro Du Bois, inédito)
seus olhos distanciados
cubro espelhos em minha casa
sem reflexo trato meu trajeto
em inflexões e cumprimentos
intervalos devoram suas presas
em pagamentos espúrios
das sobrevivências anômalas
com que minotauros choram
culpas não solicitadas
do início ao tempo (a)final
dos movimentos sigo a sombra
em lentos passos na completeza
dos intervalos: sonhos acompanham
o corpo no trajeto.
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 15 de julho de 2015
terça-feira, 14 de julho de 2015
AMARRAS
rompo amarras
e as reato em termos
não é o novelo
suficiente
para os nós
necessários
em recomeços
nós refazem a trama
e a sustentam
escolhas traçam
(novas) regras
na existência
(Pedro Du Bois, inédito)
e as reato em termos
não é o novelo
suficiente
para os nós
necessários
em recomeços
nós refazem a trama
e a sustentam
escolhas traçam
(novas) regras
na existência
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 12 de julho de 2015
COMO
descrevem suas casas
suas terras
suas famílias
e suas vidas
sobre o inexistente
no vazio da casa
sobre terras onde
famílias se ignoram
em vidas iguais
(choram o desalento no desencontro
do provisório teto que os obriga)
choram seus mortos
em secos olhos
na estreita passagem
do ilusório
(Pedro Du Bois, inédito)
suas terras
suas famílias
e suas vidas
sobre o inexistente
no vazio da casa
sobre terras onde
famílias se ignoram
em vidas iguais
(choram o desalento no desencontro
do provisório teto que os obriga)
choram seus mortos
em secos olhos
na estreita passagem
do ilusório
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 11 de julho de 2015
sexta-feira, 10 de julho de 2015
SOB A PEDRA
sob a pedra o húmus
satisfaz a pedra
rebrota plantas
enfeita entre pedras
o caminho
passo
piso
destroço
a planta
no trajeto
minha jornada
aparenta
o húmus
sobre a pedra
renasço
em plantas
no enfeitar caminhos
o passo rápido
no pisar a terra
evita rebrotar
em nova planta
onde piso
o passo
sem terra
rebroto
húmus
da terra
ao trajeto
o caminho
alardeia
passos
o piso
inconstante
da terra
rebrotada
em plantas
passadas
passado
pisado
rebrotado
redime o trajeto
encobre o húmus
em pedra
da pedra em si
nada sei
apenas cobre o trajeto
e sob ela o húmus
tenta rebrotar a terra
pisadas pedras
desgastadas em passos
de caminhos tracejados
em úmidos caminhos
ao húmus
na terra
cabe o início
e o findar do trajeto
na pedra áspera
em superfície
está o encontrar
do húmus
no rebrotar passos
em novas pisadas
reaberto
o passo
recomeça o traço
e da terra brota
o húmus sustentado
pela pedra a cobrir
o que foi pisado
(Pedro Du Bois, inédito)
satisfaz a pedra
rebrota plantas
enfeita entre pedras
o caminho
passo
piso
destroço
a planta
no trajeto
minha jornada
aparenta
o húmus
sobre a pedra
renasço
em plantas
no enfeitar caminhos
o passo rápido
no pisar a terra
evita rebrotar
em nova planta
onde piso
o passo
sem terra
rebroto
húmus
da terra
ao trajeto
o caminho
alardeia
passos
o piso
inconstante
da terra
rebrotada
em plantas
passadas
passado
pisado
rebrotado
redime o trajeto
encobre o húmus
em pedra
da pedra em si
nada sei
apenas cobre o trajeto
e sob ela o húmus
tenta rebrotar a terra
pisadas pedras
desgastadas em passos
de caminhos tracejados
em úmidos caminhos
ao húmus
na terra
cabe o início
e o findar do trajeto
na pedra áspera
em superfície
está o encontrar
do húmus
no rebrotar passos
em novas pisadas
reaberto
o passo
recomeça o traço
e da terra brota
o húmus sustentado
pela pedra a cobrir
o que foi pisado
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 9 de julho de 2015
quarta-feira, 8 de julho de 2015
TÂNIA
Em você encontro a paz na fatuidade
dos momentos: na emoção
da certeza dos corpos: no prazer da ilusão
pregressa e na adoração do instante
magnificado em espelhos: estamos juntos
na significação do espaço pela orientalidade
do esboço e na consistência de sermos
a manutenção da individualidade
no tempo e aos nos reapresentar
à frente: ar e solo confundidos
no regresso: em você
permanece a beleza natural
dos ensinamentos: fato
e folha:flor
depositada em reconhecimento
depositada em reconhecimento
dos corpos em descanso na lembrança
dos estames praticados.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 7 de julho de 2015
segunda-feira, 6 de julho de 2015
O BARCO E SUAS PARTES
falo do barco
suas partes: proa popa
remo água. Sob o barco
o corpo molhado em cansaço
falo do barco
o tanto: a perdição da hora
no remanso e a onde forte
nos braços de quem rema
falo do barco
o quase: naufrágio imprevisto
a boia (outra parte) a vontade
de se manter vivo
falo do barco
o bastante: histórias contadas
ao redor da luz da noite após
o retorno e a rede (a)guardada
(Pedro Du Bois, inédito)
suas partes: proa popa
remo água. Sob o barco
o corpo molhado em cansaço
falo do barco
o tanto: a perdição da hora
no remanso e a onde forte
nos braços de quem rema
falo do barco
o quase: naufrágio imprevisto
a boia (outra parte) a vontade
de se manter vivo
falo do barco
o bastante: histórias contadas
ao redor da luz da noite após
o retorno e a rede (a)guardada
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 5 de julho de 2015
sábado, 4 de julho de 2015
PALAVRAS
outras palavras correlatas
ao texto distinto do começo
palavra divinizada na história
repassada em lenta agonia
e antiga glória
na repetição o tema
aflora interpretações
adianta ideias não transformadoras
de alegorias e sistemas
palavreado com que o camponês
descreve sua faina e diz da família
animais
e plantas
a dificuldade resumida
na compreensão advinda
do tempo despendido
em pesquisas e escolhas
palavras
palavras
palavras irresponsavelmente
apostas nas leituras obrigatórias
no tempo de colégio
como são as letras trocadas
sobre túmulos de pessoas
desconhecidas enquanto vivas
alcançar o sentido no revolver
o espaço em busca de desatino
e cansaço
palavras sinalizam encontros
onde possam realizar o sonho
de não estarmos sozinhos
esgotadas em discursos
tolos de não aproveitamento
no texto enxuto
e áspero onde inverdades
vicejam como pragas
(Pedro Du Bois, inédito)
ao texto distinto do começo
palavra divinizada na história
repassada em lenta agonia
e antiga glória
na repetição o tema
aflora interpretações
adianta ideias não transformadoras
de alegorias e sistemas
palavreado com que o camponês
descreve sua faina e diz da família
animais
e plantas
a dificuldade resumida
na compreensão advinda
do tempo despendido
em pesquisas e escolhas
palavras
palavras
palavras irresponsavelmente
apostas nas leituras obrigatórias
no tempo de colégio
como são as letras trocadas
sobre túmulos de pessoas
desconhecidas enquanto vivas
alcançar o sentido no revolver
o espaço em busca de desatino
e cansaço
palavras sinalizam encontros
onde possam realizar o sonho
de não estarmos sozinhos
esgotadas em discursos
tolos de não aproveitamento
no texto enxuto
e áspero onde inverdades
vicejam como pragas
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 2 de julho de 2015
Revista Cerrado Cultural
Viver, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/07/viver.html
Regularidade, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/07/regularidade.html
Sempre, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/07/sempre.html
Viver, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/07/viver_2.html
Escolher, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/07/escolher.html
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/07/viver.html
Regularidade, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/07/regularidade.html
Sempre, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/07/sempre.html
Viver, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/07/viver_2.html
Escolher, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/07/escolher.html
GUIA
não sou a guia
a gula
a agulha
a águia cujas garras
agarram
a presa
sou ponto de referência
quando muito
quanto muito
em mim pedem
as distâncias
as instâncias
as dicotômicas verdades
no ponto de partida
não sou luz habitual
na complacência
nem linha histórica
retomada
(Pedro Du Bois, inédito)
a gula
a agulha
a águia cujas garras
agarram
a presa
sou ponto de referência
quando muito
quanto muito
em mim pedem
as distâncias
as instâncias
as dicotômicas verdades
no ponto de partida
não sou luz habitual
na complacência
nem linha histórica
retomada
(Pedro Du Bois, inédito)