Busco no vento
a invenção
da poeira suspensa
na inovação
do papel esvoaçante
na renovação
da terra revolvida
na entonação
do surdo canto do pássaro
caído em correntes aéreas
desfavoráveis ao voo
aos pássaros o vento
limita facilidades
para se locomoverem
quedas ensinam aos ventos
a dosagem das passagens.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 30 de abril de 2015
terça-feira, 28 de abril de 2015
INSÔNIA
sei da hora insone dos apaixonados
na revolta surda dos amores desaparecidos
unidos pontos mostram desejos
desavergonhados em canções pueris
de falsas inocências: a voz falha
na mentirosa idade declarada
no gênero anunciado
e no sexo desvelado
(após a hora)
no ultrapassado horário dos recolhimentos
conto sentidos desperdiçados em sorrisos
lembro outras horas além do estreito
corredor dos tempos enjaulados: não
dormir asfixia o sonho e o devolve
à superfície onde nos habitamos
(Pedro Du Bois, inédito)
na revolta surda dos amores desaparecidos
unidos pontos mostram desejos
desavergonhados em canções pueris
de falsas inocências: a voz falha
na mentirosa idade declarada
no gênero anunciado
e no sexo desvelado
(após a hora)
no ultrapassado horário dos recolhimentos
conto sentidos desperdiçados em sorrisos
lembro outras horas além do estreito
corredor dos tempos enjaulados: não
dormir asfixia o sonho e o devolve
à superfície onde nos habitamos
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 27 de abril de 2015
domingo, 26 de abril de 2015
ALTERNÂNCIA
O sapato pequeno conduz
à roupa apertada
e à camisa apodrecida
no cesto
- como a comida queimada
e a cicatriz na perna
reforçam a dor pela perda
da pessoa amada -
no esquecimento tardio
a conta não paga atrasa
a oferta do banqueiro
em pesadelos diários
- remetido à alternativa
incorreta do início.
(Pedro Du Bois, inédito)
à roupa apertada
e à camisa apodrecida
no cesto
- como a comida queimada
e a cicatriz na perna
reforçam a dor pela perda
da pessoa amada -
no esquecimento tardio
a conta não paga atrasa
a oferta do banqueiro
em pesadelos diários
- remetido à alternativa
incorreta do início.
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 25 de abril de 2015
sexta-feira, 24 de abril de 2015
VIDAS
Irresolúveis
vidas domésticas:
a fome
o frio
a
doença
a
sequência das
jaulas
fechadas ao novo
a perda
reconstitui o animal
desprezado
em milênios
retorna
ao âmago assustador
das
intempéries e recoloca
o mito na irrealidade
a
magia retira o sorriso
da
inconstância onde exibe
princípios marginais: a morte
ronda
a fome e o espírito se apaga
em
promessas mentidas como praga.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 23 de abril de 2015
quarta-feira, 22 de abril de 2015
MENTIRA
No atraso da mentira
instalada
e apropriada
em vivenciar imagens
descompromissadas
na
desinformação o espírito
entrega
o restante da cultura
sem revolta
entende
o atraso transformado
e
busca no reconhecimento
seus sentimentos
recebe
o prêmio em moedas
e as
revende pelo valor da face
mentirosa incutida em seu centro
não
prazeroso de dias repetidos.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 21 de abril de 2015
segunda-feira, 20 de abril de 2015
DECIFRAR
Enigmas
decifrados
na
decomposição da fala
fragmentada
em discursos
arraigados ao presente
na
ausência da solidificação
o
espanto transcende
a
ideia arrogante das
tragédia
no
canto da rua
ante o
muro
de
palavras escritas
acredita nos hieróglifos
contidos no verbo passado
em
ausências.(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 19 de abril de 2015
sexta-feira, 17 de abril de 2015
O HOMEM
o homem espera a abertura da porta
e na sala o arrastar da cadeira
para sentar e iniciar a conversar
sobre a notícia a confirmar o fato
na participação indireta
de a vida retilínea esperar a porta
ser aberta e a cadeira arrastada
e sentado saber notícias atrasadas
atrasos fecham portas e negam o espaldar
da cadeira: das notícias retira fatos
fabricados em vidas irregulares
no sentimento que o abate
em combate estivesse
no amortecer do dia
(Pedro Du Bois, inédito)
e na sala o arrastar da cadeira
para sentar e iniciar a conversar
sobre a notícia a confirmar o fato
na participação indireta
de a vida retilínea esperar a porta
ser aberta e a cadeira arrastada
e sentado saber notícias atrasadas
atrasos fecham portas e negam o espaldar
da cadeira: das notícias retira fatos
fabricados em vidas irregulares
no sentimento que o abate
em combate estivesse
no amortecer do dia
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 16 de abril de 2015
VELHOS AMORES
amores desesperados em entregas
inúteis: paixões não se dividem
nem cedem corpos ao cansaço
repetem gritos
enviam mensagens
telegráficas: o passado
ressurge em nova roupagem:
esconde personagens distribuídos
em frases desconexas de sentimentos
sobre corações feridos de saudade:
bobagem dizer verdades
ao se ausentar: no reencontro quer
o silêncio dos cumprimentos: na paixão
descobre o quanto a vida cede
ao contato e se entranha na sombra
reconduzida ao êxtase: amores
se desconsolam em olhares
e dores não consumidas
(Pedro Du Bois, inédito)
inúteis: paixões não se dividem
nem cedem corpos ao cansaço
repetem gritos
enviam mensagens
telegráficas: o passado
ressurge em nova roupagem:
esconde personagens distribuídos
em frases desconexas de sentimentos
sobre corações feridos de saudade:
bobagem dizer verdades
ao se ausentar: no reencontro quer
o silêncio dos cumprimentos: na paixão
descobre o quanto a vida cede
ao contato e se entranha na sombra
reconduzida ao êxtase: amores
se desconsolam em olhares
e dores não consumidas
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 15 de abril de 2015
terça-feira, 14 de abril de 2015
ERRO
Prometo ao erro a persistência
do encontro no desenlace
ao erro cabe a solicitação
do tempo permitido
em sua correção
a correção desvirtua o erro
no enquadramento arbitrário
do contrário
prometo manter meus erros sob controle
e deles retirar a essência da sobrevida
ao erro cabe resolver suas questões internas
e se descobrir em enganos e ilusões.
(Pedro Du Bois, inédito)
do encontro no desenlace
ao erro cabe a solicitação
do tempo permitido
em sua correção
a correção desvirtua o erro
no enquadramento arbitrário
do contrário
prometo manter meus erros sob controle
e deles retirar a essência da sobrevida
ao erro cabe resolver suas questões internas
e se descobrir em enganos e ilusões.
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 13 de abril de 2015
domingo, 12 de abril de 2015
RAÍZES
em desespero
o homem
pensa suas raízes
em último
esforço
arranca-se
o dia
prenuncia o frio
com que esquecimentos
cercam os objetos
a clareza do amanhecer
supre a dor da perda
e o corpo livre
busca novas raízes
(Pedro Du Bois, inédito)
o homem
pensa suas raízes
em último
esforço
arranca-se
o dia
prenuncia o frio
com que esquecimentos
cercam os objetos
a clareza do amanhecer
supre a dor da perda
e o corpo livre
busca novas raízes
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 11 de abril de 2015
sexta-feira, 10 de abril de 2015
DA IMPORTÂNCIA
posso mudar
o que não é importante
o amor
na hora do encontro
a despedida
na palavra mentida
a verdade calada no gesto
posso amiudar
o que não me transforma
a avareza
na beleza
a incerteza
no sentimento indissolúvel do medo
pela constância inexata da pureza
posso esperar o final
em dias decorridos
(Pedro Du Bois, inédito)
o que não é importante
o amor
na hora do encontro
a despedida
na palavra mentida
a verdade calada no gesto
posso amiudar
o que não me transforma
a avareza
na beleza
a incerteza
no sentimento indissolúvel do medo
pela constância inexata da pureza
posso esperar o final
em dias decorridos
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 8 de abril de 2015
RETORNAR
Recupero
o absurdo sonho
desfeito
em atos concretos
nos
dissabores da partida
amores
absurdo senso
despercebido no corpo
oferecido em obstáculo
sou inteiro absurdo
no
desmembrar pontos enredados
na
história primitiva dos aceites
em que
me orgulha a verdade
estertores
permitem absurdos
adeuses
no endosso de papéis
desprezados
em letras de ganância
absortas
em janelas destrancadas
refaço
o absurdo da chegada
e
estou em casa como sempre.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 7 de abril de 2015
segunda-feira, 6 de abril de 2015
CALORES
Ávido
árido
arrisco
o tiro
erro a
presa
o alvo
calmamente
me dirijo
ao
arremedo da certeza
encaro
o tiro
arremesso
a pedra
estremeço vontades
seca
sequência
no
gesto
devoluto
da
saudade.
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 3 de abril de 2015
quinta-feira, 2 de abril de 2015
INÓCUOS
O
inócuo gesto recolhido
tolhe a passagem
sob a árvore
em formas que permitem
aprisionar memórias
(Pedro Du Bois, inédito)
tolhe a passagem
ávida
preguiça
repousa
inócuasob a árvore
na
sombra sentimentos aquecem
lembranças
inócuas de saudades
o
gesto inocula a certeza
das
destrezas assumidasem formas que permitem
aprisionar memórias
na
sombra sentimentos sabem
o
pouco que resta nos espaços.(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 1 de abril de 2015
Revista Cerrado Cultural
Belo, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/04/belo.html
Nomes, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/04/nomes.html
Científico, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/04/cientifico.html
Purgar, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/04/purgar.html
Ser, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/04/ser.html
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/04/belo.html
Nomes, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/04/nomes.html
Científico, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/04/cientifico.html
Purgar, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/04/purgar.html
Ser, em:
http://revistacerradocultural.blogspot.com.br/2015/04/ser.html