Eis
a morte
em vampirescas asas
rastejantes
a ninguém cabe a tristeza
do desencontro no ir embora
adversativos entre meios
que os meses trazem de volta
pequenos mosquitos
e seus barulhos
na morte
em imensas asas
sobre nós.
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 31 de maio de 2013
quinta-feira, 30 de maio de 2013
quarta-feira, 29 de maio de 2013
OUTRO
Enclave onde defendo minha criação
espaço fechado ao alcance das mãos
sou bronze e ferro corroídos
nas emoções que trago
a desforra na hora de fechar a porta
dispostas
as mãos escutam o entrave
sabem do escuro e no debate
das ideias esvoaçam
fomes represadas
fujo e o espaço traz a pergunta
com que alimento respostas
na flor existente
em minha consciência
bobagem
penso
ante a mão do carrasco
este mundo
enclave
é mera música
onsciente que do outro lado
dentro
os sinos são pálidos.
(Pedro Du Bois, inédito
espaço fechado ao alcance das mãos
sou bronze e ferro corroídos
nas emoções que trago
a desforra na hora de fechar a porta
dispostas
as mãos escutam o entrave
sabem do escuro e no debate
das ideias esvoaçam
fomes represadas
fujo e o espaço traz a pergunta
com que alimento respostas
na flor existente
em minha consciência
bobagem
penso
ante a mão do carrasco
este mundo
enclave
é mera música
onsciente que do outro lado
dentro
os sinos são pálidos.
(Pedro Du Bois, inédito
terça-feira, 28 de maio de 2013
segunda-feira, 27 de maio de 2013
NÃO É DEZEMBRO
Atravesso a rua
cordas ressonantes
elevam sons primários
ouço na chegada
não os tinha
sob águas
águias em voos certeiros
decepam corpos
(bicos e garras
no sobrevoo)
atravesso a vida
em ruas tortuosas
- ainda não é dezembro.
(Pedro Du Bois, inédito)
ps: não sei o que teria acontecido
para que eu tivesse digitado "desembro"
duas vezes. desculpo-me.
cordas ressonantes
elevam sons primários
ouço na chegada
não os tinha
sob águas
águias em voos certeiros
decepam corpos
(bicos e garras
no sobrevoo)
atravesso a vida
em ruas tortuosas
- ainda não é dezembro.
(Pedro Du Bois, inédito)
ps: não sei o que teria acontecido
para que eu tivesse digitado "desembro"
duas vezes. desculpo-me.
domingo, 26 de maio de 2013
sábado, 25 de maio de 2013
MOMENTOS
O som da terra em movimento
assusta os humanos
que param em espanto
o tom da terra quando se movimenta
aterroriza as vistas
que se fecham em espanto
não entendem a linguagem
dos movimentos
imóveis permanecem na queda
em que só os gritos se movem
quando é tarde.
(Pedro Du Bois, inédito)
assusta os humanos
que param em espanto
o tom da terra quando se movimenta
aterroriza as vistas
que se fecham em espanto
não entendem a linguagem
dos movimentos
imóveis permanecem na queda
em que só os gritos se movem
quando é tarde.
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 24 de maio de 2013
quinta-feira, 23 de maio de 2013
DESGASTE
Quando o desgaste
mostra o esforço
perdido
na jogada
errada
erra o sentido
com que a vida
é substituída
por símbolos
estáticos
o corpo inicia a luta
por sua substituição
no reforço do esforço
e no descanso requerido
agastado
o tempo sente o final
encerrado na forma
em que se controla
cede o espaço na sequência
em que se encerra.
(Pedro Du Bois, inédito)
mostra o esforço
perdido
na jogada
errada
erra o sentido
com que a vida
é substituída
por símbolos
estáticos
o corpo inicia a luta
por sua substituição
no reforço do esforço
e no descanso requerido
agastado
o tempo sente o final
encerrado na forma
em que se controla
cede o espaço na sequência
em que se encerra.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 21 de maio de 2013
ELEMENTOS
sensíveis aos elementos
lamentos inviabilizam a raiva
o progresso: a pedra jogada
cobra o esforço do sucesso
transformados em elementos
domesticados
serviços se desdobram
em recados intraduzíveis
o barulho traduzido em vida
na morte é mesmice: sinos
desdobram avisos
de fúnebres lágrimas
e tristeza
transformada em elemento
a permanência não identifica
no regresso o que a memória
esquece.
(Pedro Du Bois, inédito)
lamentos inviabilizam a raiva
o progresso: a pedra jogada
cobra o esforço do sucesso
transformados em elementos
domesticados
serviços se desdobram
em recados intraduzíveis
o barulho traduzido em vida
na morte é mesmice: sinos
desdobram avisos
de fúnebres lágrimas
e tristeza
transformada em elemento
a permanência não identifica
no regresso o que a memória
esquece.
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 19 de maio de 2013
PÚBLICA FORMA
A viatura policial
junto ao meio-fio
o policial usa
o telefone público
sobre a calçada
a vida segue
na direção em que estamos
presos desde sempre
não me pergunto sobre conversas
e o policial encerra seu telefonema
pública forma onde
se mostram as tristezas.
(Pedro Du Bois, inédito)
junto ao meio-fio
o policial usa
o telefone público
sobre a calçada
a vida segue
na direção em que estamos
presos desde sempre
não me pergunto sobre conversas
e o policial encerra seu telefonema
pública forma onde
se mostram as tristezas.
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 18 de maio de 2013
sexta-feira, 17 de maio de 2013
SONO
Dorme seu sono: justo
é o tempo desacordado
tem seu mundo de volta
e sorri a tristeza de acordar
na injusta hora da realidade
no extremo a vigília acumula
seu cérebro e as informações
confundem entre o sono
e o sonho: no ímpeto
desperta - dormindo
o pouco permitido
é justa a hora em que acorda
e tem de volta a sua vida.
(Pedro Du Bois, inédito)
é o tempo desacordado
tem seu mundo de volta
e sorri a tristeza de acordar
na injusta hora da realidade
no extremo a vigília acumula
seu cérebro e as informações
confundem entre o sono
e o sonho: no ímpeto
desperta - dormindo
o pouco permitido
é justa a hora em que acorda
e tem de volta a sua vida.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 16 de maio de 2013
quarta-feira, 15 de maio de 2013
ESTRAGAR
A ideia estagnada na vidraça.
Não chego lá fora para dizer da chegada
e dos projetos
fico no cômodo: a casa ampla
em que me escondo. Palavras não ditas.
Escaladas as estantes guardam frases sem contexto.
Borboletas em suas cores esvoaçam.
Tenho o ruim da doença: verdade guardada
por muito tempo. A vida estagnada muda
em vicissitudes e o carrasco carrega a culpa
pela sentença. O jugo com que o poder
me faz preso no medo de sair à rua.
Busco no escuro a história
incômoda das mortes que nos trouxeram
até esta data: a efeméride e os ovos
da serpente.
(Pedro Du Bois, inédito)
Não chego lá fora para dizer da chegada
e dos projetos
fico no cômodo: a casa ampla
em que me escondo. Palavras não ditas.
Escaladas as estantes guardam frases sem contexto.
Borboletas em suas cores esvoaçam.
Tenho o ruim da doença: verdade guardada
por muito tempo. A vida estagnada muda
em vicissitudes e o carrasco carrega a culpa
pela sentença. O jugo com que o poder
me faz preso no medo de sair à rua.
Busco no escuro a história
incômoda das mortes que nos trouxeram
até esta data: a efeméride e os ovos
da serpente.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 14 de maio de 2013
segunda-feira, 13 de maio de 2013
DISTÂNCIA
Tanto se distancia
longe dos fatos nos risos
e dúvidas com que convive
longe perde o caminho
do sentido guardado
no que escreve
na volta o retorno
se faz impossível
quer estar perto
sobre o corpo conhecido
em seu calor e sorte
tanta distância no conceito
de que o concerto não traz
a música e o lamento
não é escutado.
(Pedro Du Bois, inédito)
longe dos fatos nos risos
e dúvidas com que convive
longe perde o caminho
do sentido guardado
no que escreve
na volta o retorno
se faz impossível
quer estar perto
sobre o corpo conhecido
em seu calor e sorte
tanta distância no conceito
de que o concerto não traz
a música e o lamento
não é escutado.
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 12 de maio de 2013
sábado, 11 de maio de 2013
ARDER
Quero o retorno
no beijo
que se faz quente
olho seu corpo
reconheço-me
como parceiro
arde
no toque
sobreposto
à vista
ardo
na explosão
em que meteoro
passo.
(Pedro Du Bois, inédito)
no beijo
que se faz quente
olho seu corpo
reconheço-me
como parceiro
arde
no toque
sobreposto
à vista
ardo
na explosão
em que meteoro
passo.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 9 de maio de 2013
ESTUDO GERAL
Poemas que se encontram,
REQUERER em:
http://luis-eg.blogspot.com.br/2013/05/poemas-que-se-encontram.html
REQUERER em:
http://luis-eg.blogspot.com.br/2013/05/poemas-que-se-encontram.html
LUGARES
Estou em todos os pontos
onde passo meus olhos abertos
e ouço das conversas o restante
que ainda há
na humanidade
o cumprimento
e o prazer em me ver passar
nos lugares longe as vozes
se fazem baixas
em calmas palavras
se fazem baixas
em alvas palavras
nos lugares além
a vida se faz alta
em amorosas palavras
em peregrinação contenho meus passos
ao largo
ao lado
onde estão vocês
sou recebido
aplaudido
apalpado
alimentado
perguntado
deixado ir
volto consciente da humanidade existente
nos lugares onde o futuro (ainda) estará.
(Pedro Du Bois, inédito)
onde passo meus olhos abertos
e ouço das conversas o restante
que ainda há
na humanidade
o cumprimento
e o prazer em me ver passar
nos lugares longe as vozes
se fazem baixas
em calmas palavras
se fazem baixas
em alvas palavras
nos lugares além
a vida se faz alta
em amorosas palavras
em peregrinação contenho meus passos
ao largo
ao lado
onde estão vocês
sou recebido
aplaudido
apalpado
alimentado
perguntado
deixado ir
volto consciente da humanidade existente
nos lugares onde o futuro (ainda) estará.
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 8 de maio de 2013
terça-feira, 7 de maio de 2013
PERIGO
O perigo reside
no final
das contas
no troco
e no pagamento
pelos serviços
na gorjeta
ao manobrista
no ir embora.
(Pedro Du Bois, inédito)
no final
das contas
no troco
e no pagamento
pelos serviços
na gorjeta
ao manobrista
no ir embora.
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 5 de maio de 2013
VIAGEM
Vista de cima a árvore abarca
o armado barco em madeiras atravessado
do alto a árvore nega os galhos
e o tronco cede ao serrote
vista pelo alto a árvore se espalha
sobre o barco na viagem entre galhos.
(Pedro Du Bois, inédito)
o armado barco em madeiras atravessado
do alto a árvore nega os galhos
e o tronco cede ao serrote
vista pelo alto a árvore se espalha
sobre o barco na viagem entre galhos.
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 4 de maio de 2013
sexta-feira, 3 de maio de 2013
2 Poemas
SORTE, em Vale em Versos:
http://valeemversos.blogspot.com.br/2013/05/sorte.html
MOMENTO, em Letras et cetera:
http://nanquin.blogspot.com.br/2013/05/momento.html
http://valeemversos.blogspot.com.br/2013/05/sorte.html
MOMENTO, em Letras et cetera:
http://nanquin.blogspot.com.br/2013/05/momento.html
REMÉDIO
Tem o passado em cada drágea
consumida religiosamente
no amparo
no remédio
no tédio expressado
pelo sorriso ausente
o corpo sente o cansaço
suas dores reaparecem
além dos comprimidos
tomados em cada dia
religiosamente
o passado cerca
acerca-se
toma de suas mãos os frasco
com que alivia o fracasso
desde o começo.
(Pedro Du Bois, inédito)
consumida religiosamente
no amparo
no remédio
no tédio expressado
pelo sorriso ausente
o corpo sente o cansaço
suas dores reaparecem
além dos comprimidos
tomados em cada dia
religiosamente
o passado cerca
acerca-se
toma de suas mãos os frasco
com que alivia o fracasso
desde o começo.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 2 de maio de 2013
AO POETA
no PROJETO PASSO FUNDO:
http://www.projetopassofundo.com.br/principal.php?modulo=texto&con_codigo=43185&tipo=texto&cat_codigo=18
no MEIOTOM:
http://www.meiotom.art.br/dupo13poeta.htm
no TRIPLO2, blog do TRIPLOV:
http://triplov.com/triplo2/2013/04/29/poema-17/#respond
http://www.projetopassofundo.com.br/principal.php?modulo=texto&con_codigo=43185&tipo=texto&cat_codigo=18
no MEIOTOM:
http://www.meiotom.art.br/dupo13poeta.htm
no TRIPLO2, blog do TRIPLOV:
http://triplov.com/triplo2/2013/04/29/poema-17/#respond