Presente ao cair da tarde
noite (o pássaro
se recolhe
em gritos
de medo)
onde me apresento
em norte (o desnorteado
pássaro aninhado)
e não me aguardo
no encontro desigual
entre luz e sombra
(ao pássaro cabe
recuar e prender
em galhos
o ninho).
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
sábado, 29 de dezembro de 2012
REVISÃO
Reescrevo a história
em alterados fatos
desabonadores: desligado
o semáforo permite
o entrelaçamento dos carros
abandonados na oxidação
atmosférica
a vida cobra pelo reingresso
de elementos alegóricos
o caso pelo outro lado
do poliedro: a necessidade da ordem
desarruma o caos desligado
em amanheceres amadurecidos
revejo a história sob camadas
arqueológicas: onde e quando
me desligo das respostas.
(Pedro Du Bois, inédito)
em alterados fatos
desabonadores: desligado
o semáforo permite
o entrelaçamento dos carros
abandonados na oxidação
atmosférica
a vida cobra pelo reingresso
de elementos alegóricos
o caso pelo outro lado
do poliedro: a necessidade da ordem
desarruma o caos desligado
em amanheceres amadurecidos
revejo a história sob camadas
arqueológicas: onde e quando
me desligo das respostas.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
AMANHECER
Amanhece e o desconhecido
rosto resplandece cores esmaecidas
- o amanhecer traz nuances
inexplicadas e o som
que acompanha a regra
dourada dos extremos:
ser o amanhecer no acordado
corpo recém chegado à plenitude
do escopo: corpo descansado
na noite ultrapassada na lucidez
da alma
- o amanhecer rasga ritmos
à esmo: todos os tiros
são bem vindos
desde que errôneos.
(Pedro Du Bois, inédito)
rosto resplandece cores esmaecidas
- o amanhecer traz nuances
inexplicadas e o som
que acompanha a regra
dourada dos extremos:
ser o amanhecer no acordado
corpo recém chegado à plenitude
do escopo: corpo descansado
na noite ultrapassada na lucidez
da alma
- o amanhecer rasga ritmos
à esmo: todos os tiros
são bem vindos
desde que errôneos.
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 22 de dezembro de 2012
INÉDITA
Faz a música
(inédita)
retirada da vida
na agitação
de hoje em dia
faz a música
(inédita)
renovada
na agitação
de hoje em dia
faz a música e do ineditismo
retira o eco do diariamente:
o telefone toca a irritação
de aguardar a chamada
faz a música
(inédita).
(Pedro Du Bois, inédito)
(inédita)
retirada da vida
na agitação
de hoje em dia
faz a música
(inédita)
renovada
na agitação
de hoje em dia
faz a música e do ineditismo
retira o eco do diariamente:
o telefone toca a irritação
de aguardar a chamada
faz a música
(inédita).
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
CONQUISTAS
Onde a paz aguarda o consenso: reviso a fala
ouvida nos extremos. O discurso guerreia
o anseio e dos lugares
longe e perto
o som trombeteia mortes - na evolução
nos fazemos gente - e nos transporta
ao arremedo da tormenta. Atroz: o medo
se faz ciente do engodo e somos atingido
no apogeu do esquecimento - aos mortos
faltam nomes - para onde vamos
ao morrermos: a paz
se apresenta em esqueceres
de conquistas e permanências.
(Pedro Du Bois, inédito)
ouvida nos extremos. O discurso guerreia
o anseio e dos lugares
longe e perto
o som trombeteia mortes - na evolução
nos fazemos gente - e nos transporta
ao arremedo da tormenta. Atroz: o medo
se faz ciente do engodo e somos atingido
no apogeu do esquecimento - aos mortos
faltam nomes - para onde vamos
ao morrermos: a paz
se apresenta em esqueceres
de conquistas e permanências.
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
OLHARES
Tópico olhar
no final
da tarde: a utopia
no desencontro
da terra prometida
(onde está nesta hora
a condição do espaço
ocupado)
rearrumo a maneira da aceitação
do gesto: nem sempre cabe olhar
e reprovar os encontros
(onde está a hora
em que o espaço
se ocupa sem condições)
reflito a utilização da frase
e das palavras retiro
a essência: resta o pouco
utilizado na explosão.
(Pedro Du Bois, inédito)
no final
da tarde: a utopia
no desencontro
da terra prometida
(onde está nesta hora
a condição do espaço
ocupado)
rearrumo a maneira da aceitação
do gesto: nem sempre cabe olhar
e reprovar os encontros
(onde está a hora
em que o espaço
se ocupa sem condições)
reflito a utilização da frase
e das palavras retiro
a essência: resta o pouco
utilizado na explosão.
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
CICLOS
Reviso os anos civis
e os chamo ciclos
- termos decompostos
em safras
e sofreres
acostumados
aos finais: circunspecto
crio em novo ser
o retrocesso.
Anos civis agregam etapas
na inconclusão da prece: exposto
choro no ano e ciclo que os reinicia.
(Pedro Du Bois, inédito)
e os chamo ciclos
- termos decompostos
em safras
e sofreres
acostumados
aos finais: circunspecto
crio em novo ser
o retrocesso.
Anos civis agregam etapas
na inconclusão da prece: exposto
choro no ano e ciclo que os reinicia.
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 15 de dezembro de 2012
AVESSOS
Avesso
sonho: o presente se coaduna
no compacto do ano passado
a limpo: recupero a estima
e a jogo à sorte das estrelas
miúdas dos arrependimentos.
Avesso
sono: recolhido na espaçonave
discurso versos no acordar
o espaço e no rarefeito congrego
histórias mal alinhavadas.
Avesso
acordo: no desacordo da forma
rompo o dizer das folhas decaídas
e ao longo da estrada piso sonhos.
(Pedro Du Bois, inédito)
sonho: o presente se coaduna
no compacto do ano passado
a limpo: recupero a estima
e a jogo à sorte das estrelas
miúdas dos arrependimentos.
Avesso
sono: recolhido na espaçonave
discurso versos no acordar
o espaço e no rarefeito congrego
histórias mal alinhavadas.
Avesso
acordo: no desacordo da forma
rompo o dizer das folhas decaídas
e ao longo da estrada piso sonhos.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
ALMOÇO
Almoço
na salada
o grito
amargo
do vinagre
- sempre há o tempo
revolto: a eternidade
em única folha
de alface.
(Pedro Du Bois, inédito)
na salada
o grito
amargo
do vinagre
- sempre há o tempo
revolto: a eternidade
em única folha
de alface.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
ÂNGULOS
Curvas anguladas
no vão avistadas: descaminho
crescente com que me acostumo
na vida de sempre: projeto
o trajeto
na última vista
em despedida
- graus
degradam
o horizonte -
de repente entre curvas avisto
- além da volta - o retorno
de onde parto ao esconderijo.
(Pedro Du Bois, inédito)
no vão avistadas: descaminho
crescente com que me acostumo
na vida de sempre: projeto
o trajeto
na última vista
em despedida
- graus
degradam
o horizonte -
de repente entre curvas avisto
- além da volta - o retorno
de onde parto ao esconderijo.
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 9 de dezembro de 2012
ENTREGAS
Do que for a entrega: receba
a sua parte e a abata da conta
no discurso o profeta diz da entrega
do mistério materializado em mitos
a água purificada aflora no terreno
escorreito e lava a honra na execução
na entrega refaz o itinerário: a música
diz em outras bases o mesmo: sofrimento
dor
a irrealização do amor
amordaçado em paixões
do resumo da obra decorre o gesto
secreto: ao lado o muro escrito
em rigores vulgares das entrelinhas
a água perambula rios e deságua
na mágoa dos finais infelizes.
(Pedro Du Bois, inédito)
a sua parte e a abata da conta
no discurso o profeta diz da entrega
do mistério materializado em mitos
a água purificada aflora no terreno
escorreito e lava a honra na execução
na entrega refaz o itinerário: a música
diz em outras bases o mesmo: sofrimento
dor
a irrealização do amor
amordaçado em paixões
do resumo da obra decorre o gesto
secreto: ao lado o muro escrito
em rigores vulgares das entrelinhas
a água perambula rios e deságua
na mágoa dos finais infelizes.
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
INTOCADO
Ser intocado
em vida rediviva
retorna ao centro
e se desfaz
em promessas
intocado
leva a singeleza
da luz
na curvatura
do horizonte
onde desfeito
em éter
tem o corpo
tocado
no vivenciar
da vida
revisitada.
(Pedro Du Bois, inédito)
em vida rediviva
retorna ao centro
e se desfaz
em promessas
intocado
leva a singeleza
da luz
na curvatura
do horizonte
onde desfeito
em éter
tem o corpo
tocado
no vivenciar
da vida
revisitada.
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
RITOS
Ritualizo na barbárie
o mito
e o sacrifício
em meu nome
nome vingado
no grito extremo
do abandono
na ressurreição do corpo
encontro o dogma
que me condena
à eternidade
carne e osso
putrefato corpo
que se protege
diante do ato
anteposto ao dia
anunciado no sacrifício
físico da irrealidade.
(Pedro Du Bois, inédito)
o mito
e o sacrifício
em meu nome
nome vingado
no grito extremo
do abandono
na ressurreição do corpo
encontro o dogma
que me condena
à eternidade
carne e osso
putrefato corpo
que se protege
diante do ato
anteposto ao dia
anunciado no sacrifício
físico da irrealidade.
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
COLOSSO
Ao colosso ofereço a face
humana do medo: sou riso
sou gosto
sou a educação
elencada no grotesco
do colosso: a face transparece
o gosto em ser apresentada ao gesto
enganos se originam
do que sou
na espera: o colosso se arrepende
e olha a minha face com o desdém
dos ignorados em desgosto.
(Pedro Du Bois, inédito)
humana do medo: sou riso
sou gosto
sou a educação
elencada no grotesco
do colosso: a face transparece
o gosto em ser apresentada ao gesto
enganos se originam
do que sou
na espera: o colosso se arrepende
e olha a minha face com o desdém
dos ignorados em desgosto.
(Pedro Du Bois, inédito)
sábado, 1 de dezembro de 2012
RESSURGIR
Condenso as horas em ares decantados
dos espíritos renovadores das paisagens:
palavras na fortificação da aldeia
me defendem em asas imaginárias
histórias curtas em repetições
e sérias alegorias
me separam
da escuridão
da alma.
(Pedro Du Bois, inédito)
dos espíritos renovadores das paisagens:
palavras na fortificação da aldeia
me defendem em asas imaginárias
histórias curtas em repetições
e sérias alegorias
me separam
da escuridão
da alma.
(Pedro Du Bois, inédito)